sexta-feira, 8 de julho de 2011

se eu era

Se eu esperasse
nem sabia
Se sol
Se chuva
Se tempestade caía

Se eu era fraca
Não tentava
Nem dizia
So chovia
Lágrimas da alma
Cor de nada
Tudo cinza

Se eu era partida
Não havia
as chegadas
Despedidas
Era o adeus 
Era o pranto
O aceno
Despedida

Se eu era o medo
Sem segredo
Corvadias
Tudo receava
Mesmo se o nada vinha
Era temor, agonia

Se era mentira
O que dizia
O que falava
Ilusãoes ditas
Repetidas
São também mentiras

Se eu era o nada
Não havia o que completava
Mesmo que buscasse
Ou partisse
Não seria o que encheria

Se eu era a história
Saberia o final
Onde o amor começa 
Não termina com um ponto
Mas ela sem pressa
Esse amor viveria

O que bastasse

Não viu
A saída estava na entrada
E o que te faltava era tudo
E você queria o que servisse
E já nem era tão importante assim
Falar pra quê?
Se o tanto dói mais que o amor
Ele que é tanto quanto a dor
Fugir seria melhor, 
Se o melhor não fosse ficar
Assim contendo medidas
Medidas certas já não hão de restar
Creia ou ao menos tente
A saudade poderia ser sua melhor tentativa
Melhor que metades inteiras
Ou uma inteira metade para acreditar
E você só perderia pela coragem
Resta muito de você
E isso era muito
Mas muito e tudo já não são o bastante
E é bastante o calar 
Se não o fosse, porque o silêncio?