Adeus!
A palavra entrecortada saiu da sua boca mas dilacerou sua alma. Tamanha dor, um dia fatalmente teria que desaguar.
E secou.
Aquele amor intenso, tão cheio de lascívia, medo e carinho dissolveu se em frieza, julgamento, antipatia.
Ela não sabia, amava solitária.
E em sua ânsia por tanto amar, considerava parte do amor não exigir nada em troca. Porém muitas vezes, ele foi declarado a ela também. Mentira? Piedade?
O pouco de dignidade que lhe restava, recolheu aos cacos junto ao seu amor próprio, auto estima, auto piedade. Não seria vítima do seu algoz predileto, o amor, mas se entregou a velha amiga, a desesperança.
Deixou de acreditar que pudesse ser amada. Tornou-se volúvel, fechou se em copas. Sabia como manejar as cartas, nunca soube jogar com os sentimentos.
E.n.d.u.r.e.c.e.u
Murchou
O riso carmim ficou nude sem graça
Sarcástico
E dentro dela, a esperança sua força motriz virou cinza como seus dias.
Disse Adeus
Essa seria a última vez que se humilharia por migalhas de afeto.
O implorar a fazia sangrar.
E de sangrar sucumbiu.
Morta viva já nao sentiria mais.
Não mais.