segunda-feira, 31 de dezembro de 2012


Após sair exausta do supermercado, depois de quase apanhar na fila e do empurra empurra na banca das frutas, consegui sobreviver. Onde eu estava com a cabeça quando decidi ir, no último dia do ano fazer compras?
Arrependida entendi o valor das coisas providenciadas a tempo. 
Ainda com as mãos doendo de descarregar sacolas e guardar as compras, releio a lista e verifico item a item     para não esquecer nada.
Calcinha amarela... Dizem que atrai dinheiro. Não que eu acredite, mas não custa nada tentar. Afinal, quem inventou essa história sendo que, a calcinha amarela aparece na roupa?
Uvas. No livro de simpatia manda chupar 12 uvas a  meia noite e guardar os carocinhos na bolsa. Até ai tudo bem, eu adoro uva, mas como engolir as 12 de uma vez só?
Ainda tem a roupa branca, fazer as unhas, escovar os  cabelos, depilação, maquiagem, preparar a ceia, receber os amigos familiares. Ufaaaaaaaaaaaaaaa
Depois dessa romaria vou precisar de outros 364 dias para descansar. 

domingo, 30 de dezembro de 2012

 Batidas do vento

Batem na porta insistentemente
Pergunto quem é

Me responde um sussuro:
É o vento
Até me perco um instante

Mas tento
Ser mais firme com a voz e quem sabe argumento
Mas fico sem graça
Rindo de mim
Em silêncio ri

Sutilmente zombando de mim
Reviro as cartas

Movendo as lembranças
Mas sei que elas vão passar com ele
E ele se esvai, é o tempo
Volúvel como as folhas de outono
que se perdem no vento

Recordo o meu choro sem fim
E o riso guardado pra você
porque somos iguais e eu sei
E ainda que venha sem ficar

Ainda gira em torno de mim
Me avisa que sempre volta
E que no final da noite vou estar sozinha

Respondo aos lamentos seus ais
E tento zombar dele também
Eu desperto

E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Prá tentar reviver

No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer

Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Desperto do sonho que não vinga

E que volta outra vez
Com inveja de mim

É o tempo despertando ilusões
Que ele mandou com o vento
E o vento sempre leva
pra longe daqui
Coloquei mais uma dose de uísque, sentei frente à tela do computador e, por alguns minutos fiquei escolhendo o que escrever na minha lista para um novo ano. É sempre a mesma história, quando chega o último dia do ano, eu faço uma lista de coisas a fazer no ano seguinte. Geralmente é uma lista que fica guardada no fundo de uma gaveta e relida em situações bem específicas durante o ano: desespero, tristeza, indecisão.
Pois bem, esse ano, aqui tranquila, resolvi que faria uma lista "mais possível"de ser realizada. 
Quem está lendo esta se perguntando: - porque mais realizavel?
Explico.
Na lista do ano passado estavam coisas como estabilidade emocional, financeira, sentimental, familiar e profissional. 
E como estou terminando o ano?
Sozinha, disponivel para o mercado de trabalho, sem os quilos a menos que prometi e com o coração em pedaços só para variar.
OU seja, ou os meus anos estão se repetindo ou quem esta repititiva sou eu.
Então ao invés de fazer longas listas de tarefas a cumprir, resolvi apenas refletir sobre esse ano, para que no proximo, eu consiga, ao menos, não cometer os mesmos erros.
Sendo assim, parto para um novo ano ansiosa de que, ao menos ele seja diferente deste. Quero amar mais, ser amada, sorrir, cantar, chorar, e viver, independente das circunstâncias, com esperança de fazer sempre o melhor. 
E que venha o ano novo...

 Desamor

Jogo minha sorte com os dados na mesa
Eu sou o caminho

Eu faço a estrada
E pela sorte do vento sou levada
Sou partida

Sou chegada
Sou o recomeço
Contra a tempestadade

A favor da chuva eu vou
E quando vem o amanhecer

O sol aquece meus pensamentos
E quem surge do nada

Quem aparece sem ser convidado
"Sou eu!"
Contra o tempo

Sem saber das horas volto
E sáio sem avisar
Entre os ecos do infinito
Eu aviso

Cheguei!
A ferro e fogo, eu corro
Eu sou o desamor