domingo, 20 de outubro de 2013

Meu velho avô

Meu velho amor tem rugas
Que se formaram com o tempo
Ele também tem marcas
Cravadas na face de descontentamento

Meu velho avô tem manias
De guardar coisas sem sentido
São ferramentas, sacolas, pedaços
Da sua história, do seu serviço

Meu velho avô tem histórias
De familia que não se acaba
De amigos que foram tantos
De sua vida calejada

Meu velho avô da risada
Mesmo de piadas sem graça
Meu velho me faz rir
Chorar
sentir
Dar gargalhada

Meu velho avô me ensinou
A amar e seguir confiante
A viver sem ter amanhã
não mentir e ser honesta
Meu velho avô me ensinou 
Que eu iria mais longe
Seu orgulho, sua neta

Meu velho avô é tão jovem
E me faz sempre sorrir
Quando vejo em sua face
As histórias que ele conta
Marcadas pelo tempo
Que ele traduz pra mim

O meu amor é tão grande
Muito maior que o mar
Meu velho avô eu escrevo
Pra te homenagear
Meu velho avô eu te amo 
E pra sempre irei te amar

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Um bilhete de amor

Quando o conheci você era apenas mais um na multidão. Alheia a você e ao seu mundo particular, não pensei que me tornaria prisioneira dos seus olhos em apenas um olhar. Bastou que eu me perdesse em olhá-lo com mais atenção, para que ficasse refém desse seu jeito tímido de ser.
Não saberia dizer se foi sua voz rouca, meiga, atenciosa; talvez sua mania e baixar o olhar quando se sente invadido, quem sabe essa sua fingida indiferença travestida de generosidade... eu me apaixonei.
Me apaixonei pelo homem forte e tão frágil. Pelo profissional tão dedicado e atencioso. Pelo amigo leal e presente. Me apaixonei por você como há muito não sabia ser capaz de gostar de alguém tanto assim.
Nessas mal traçadas linhas poderiam caber toda essa infinidade de sentimentos que me invadem quando chego perto de você. Gostaria de poder expressar nelas tudo o que sinto e nossa amizade não me permite dizer.
Gostaria de invadir seu espaço, esquecer as convenções sociais e beijá-lo; terna e demoradamente como o tenho beijado nos meus sonhos. Abraça-lo como se nos meus braços fosse possível prende-lo e o fazer entender o quanto eu sou completamente apaixonada por você.
Enquanto a coragem não impulsiona a te olhar nos olhos e dizer:
Sou completamente apaixonada por você. 
Espero que meus olhos o digam, quem sabe você entenda, quem sabe você se entregue e eu apenas tenha que calar minha ânsia de você com um beijo.

É o fim

Por favor não venha agora
Com essa caridade fingida
Nem vem com essa história
De sair da minha vida

Não quero ouvir
Pode ate ser covardia
Mas não consigo entender
Porque me fazer sofrer
Bastava dizer que não queria

Como posso esquecer agora
Se ainda ontem você dizia me amar
E ainda que tivesse forças
E me restasse a esperança pra lutar
Como posso esquecer alguem que dizia me amar

Não quero a generosidade do afeto
Nem mesmo o aperto de mão
Se quer sair sáia agora
Mesmo quebrando meu coração

A porta esteve aberta
Você sempre foi livre para sair
Mas você me dizia estar feliz
Era muito amor te impedindo de partir


Não me fale de desculpas a mais
Não invente justificativas sem fim
Se todo amor tem um começo
Mesmo com tanto apreço
Tudo um dia tem fim

A porta está aberta então saía
E por favor vá para longe de mim
Não volte não há recomeços
Isso é um adeus

Isso é o fim

O amor morreu

Finalmente eu já sei
Você e eu não dá mais
Nos meus sonhos mais bonitos
Em tudo o que foi dito
Sou só eu e ninguém mais

Refletida no espelho
Minha imagem já sozinha
Não são mais os nossos beijos
Apenas as esperanças perdidas

Na parede do meu quarto
Onde então estavam dois laços
Agora só resta o vazio
E aquele que foi nosso abraço
Dele so ficaram pedaços
E um naco de calmaria

Não aconteceu de repente
Não foi culpa sua ou minha
A paixão morreu lentamente
Eu não queria mas já sabia

Não há um caminho marcado
Os que haviam nós trilhamos
E hoje resta do passado
As noites insones que nos amamos

Simplesmente aconteceu
Tão simples como o dia
Não tem mais você e eu
Apenas o amor que existia
Sem querer desapareceu
Não foi culpa sua ou minha

Apenas o amor morreu