domingo, 27 de dezembro de 2015

Venha nos meus sonhos

Hoje vou dormir mais cedo
Venha nos meus sonhos me encontrar
Acorde me com o leve tocar dos dedos
Minhas faces estarão úmidas de tanto chorar
Mas que importa se minha saudade
É fiel amiga da insonia que me assola
Por favor venha, tem piedade
Rever te é como dor que me consola
Dormirei um sono profundo
Para que você tenha tempo para ficar
E te abracarei em nosso mundo
Onde temos liberdade de voar
Mas venha sem pressa e me abrace
Aqueça me com seu calor
Não vou querer que o tempo passe
Quero tê lo pelo tempo que for
E faremos promessas de eternidade
Onde eterno é o nosso amor
Mas venha hoje nos meus sonhos
Vou ficar te esperando
Onde poderei toca lo
Senti lo de novo me amando
E quem sabe nos meus sonhos
Você possa ficar

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Anjo bom

A noite ela sonhava
Que tinha super poderes
Com sua capa mágica
Seu toque de estrela
Cruzava o céu em vôo
Podia levitar
Domava leões e touros
Cantava pra encantar
Transformava pedra em flor
Bebia agua do mar
Mas se via o sofrimento
Era grande seu tormento
Não podia suportar
Sacava seu pó poderoso
Salpicava o ao vento
E repetia com Fé
Que seu po pomposo
Curasse aquele povo
E a vida se transformasse
A lagrima em estrela
A dor em borboleta
A doença em amor
A noite ela sonhava
Em ser anjo da guarda
 Um anjo zelador
Mas a moça de bom coração
De repente acordava
E no lugar da capa magica
Somente um coração
Simples e verdadeiro
Cheio de defeitos
Um coração como outro qualquer
Da moça que desejava
Que toda noite sonhava
Ser um anjo bom de mulher

domingo, 11 de outubro de 2015

Aos olhos azuis

Olhos azuis que escondem segredos
Onde foi pousar o seu olhar?
Do que você tem medo?
Do que esta cativo?
Revele se comigo
Deixe me te amparar.

Sua historia não conheço
Seu passado te condena?
Todo réu tem direito
De mudar sua sentença
Ou de se arrepender do seu erro

Olhos azuis 
Náufragos do que se foi
Enfrente seu juiz
Porque a vida que você quis
No tempo ela ficou. 

Olhos azuis não tenham medo
Toda nau tem seu cais
Ainda que seus segredos
Te revelem fraco, sem jeito
Você pode muito mais

Olhos azuis sedentos
A força vem de você
Se o futuro te causa medo
Encare o de frente
Ate os soldados têm receio
E você é nobre e valente

Olhos azuis tão bonitos
Tanta bondade, dando ardor,
Conte me seus segredos
Revele os sem medo
Estarei contigo onde quer que for

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

onde está você

Madrugada chegou
E o sono fugiu
E você onde esta?
Onde estão as palavras 
Onde estão as risadas
Onde está você e aquele mau humor?
Onde esta minha companhia insone
Onde esta minha razão?
O dia amanheceu e eu esperei
Esperei vc me tirar da zona de conforto
Me tirar do sério
Me tirar o sossego
E onde estará você?
Eu so queria mais 10 m
Eu insistiria um pouco mais
E brigariamos no final
Você estaria sempre certo
E eu, sempre errada
E ao amanhecer vc me diria pra tentar dormir
Anoitece
Eu espero
E vc não vem
A mensagem não chegará
E vc se foi
E eu não entendo porquê
Os bons morrem jovens
E vou relembrar você
E vc não esta aqui

domingo, 30 de agosto de 2015

Carta de dona Terezinha

Hoje é domingo. Sentada aqui nessa cadeira fria e dura, remexo com lentidão a comida que como a contragosto, já que nessa idade, prefiro um bom pedaço de bolo com café; talvez dois ou três. E minhas bananas. Gosto delas. Como consequência de um problema sério de saúde, perdi a vitalidade, a força e a autonomia. Hoje frágil, nem de longe lembro a mulher forte que sempre fui. Olho minhas maos tao franzinas e recordo da agilidade delas desde a tenra mocidade. Costurava da madrugada ao anoitecer. É dessa época que me habituei a comer pouco e rápido. Casei e continuei costurando. Se solteira ajudava a cuidar dos meus irmãos, casada era necessário continuar costurando para suprir a casa e vestir os filhos. Gosto de acordar tarde, também, sempre fui a primeira acordar e a ultima a deitar, não sem antes verificar se os filhos estavam alimentados e agasalhados, bem como as visitas que enchiam minha casa. Ha que gosto eu tinha em ver minha casa cheia, alegre e todos felizes com minha comida. Vi com orgulho todos os filhos, os de sangue e os de coração se tornarem homens e mulheres com suas familias e lar. Foi com uma alegria ainda maior que recebi cada neto nascido e depois os bisnetos. Rezei por cada um. Benzi alguns, cuidei de vários. Se me faltam autonomia e agilidade para cozinhar e cuidar da minha casa, as lembranças são minhas companheiras. E talvez, muitas vezes, meu martírio. Sou Maria como tantas, nasci Maria, me criei Maria, lutei, sofri, chorei por minha familia como Maria. Hoje, dona Teresinha, tao fragil , ainda Maria, segue tentando não sucumbir ao peso dos anos, mas com a certeza de que a familia, é meu amor maioor

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

pedido

Eis minhas maos estendidas
Calejadas
Enfraquecidas
Tão frias
Ei las fracas implorando 
Suas mãos buscando
Que as minhas segure entre as suas
Eis os meus olhos marejados
Vermelhos
Ardendo em brasa
Fundos 
Cheios de lagrimas
Eis os meus braços abertos
Vazios
Solitários
Pedindo aos seus abrigo
Eis minha cabeça pesada
Tão cheia de problemas
Assim como grande é o fardo
Ela so pede um colo
Consolo
Apoio
Um recostar sem cobrança
Eis o meu corpo franzino
Largado
Jogado
Sem vontade
Pede morada
Pouso
Descanso
Para que sustente o que de mim
Não se sustem

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Roga

Caminha sobre nuvens
Seus pés descalços
Seus pés cansados
Seus pés feridos
O rogo
A prece
O lamento
A oração súplice
Vai em busca dos Anjos
Dos santos
Dos puros de coração
Os joelhos dobrados
Os joelhos ressequidos
Os joelhos prostrados ao chão
Pedem clemência
Pedem misericórdia
Pedem arrego
Anseia compaixão
Pesado é o fardo
Pesada é a luta 
Pesado o desespero
E pede
E roga
E chora
E se entrega
À prece
À vida
À Deus

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

tempo para nos

Antes que o dia termine
Ampare meu corpo cansado
A idade faz pesar os ossos
Os músculos já rijos, funcionam com lentidão
E sinto o fardo dos anos
Antes que o dia termine
Chegue mais perto de mim
Sente se ao meu lado e não tenha pressa de ir 
Preciso de companhia que me lembre q casa cheia de outrora
Antes que o dia termine
Me abrace com ternura
Quero sentir o calor do carinho
Já não consigo te abraçar como quando era criança
Não é possível te erguer nos braços
Antes que o dia termine tenha paciência
Ouça minhas histórias
Mesmo as repetidas
Quantas historias te contei antes de você dormir
Antes que o dia termine não tenha pressa de ir embora
Agora a velhice é enfadonha
Mas quantas vezes vi você adormecer nos meus bracos ao amanhecer depois de uma longa noite de febre
Antes que o dia termine
Se lembre que nada é eterno
E que o tempo, 
Ahhh o tempo, senhor do destino
O tempo passa para todos nós

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Tento escrever

Tento escrever
Não tenho palavras
Não conheço sonetos
Esqueci a harmonia
desvencilhei me da concordância
Fugiram os verbos
Tento escrever
Minha inspiração dissipou
A motivação me odeia
A persistência não quer saber de mim
Tento escrever
Sangram meus dedos por covardia
O papel esta amassado
A borracha apagou o rascunho
E eu continuo tentando escrever

domingo, 3 de maio de 2015

Não consegui dormir mais uma vez, as lembranças insistiram em me perturbar. Peguei o celular varias vezes na tentativa vã de ser a primeira a te desejar um feliz aniversário, como fazia todos os anos desde que o conheci. Procurei palavras, procurei consolo, desesperadamente procurei você. 
Hoje você faria 40 anos. Tinha pensado em te dar algum presente diferente de tudo. 
Entre outras palavras te diria te amo e vc apenas agradeceria sem muito entusiasmo. Não porque não gostasse de mim, mas porque você não gostava de aniversário. 
Te amo como te amei desde a primeira vez que nos vimos. Te amo como te amei em nosso ultimo beijo. Te amo como sempre amei.
Sei que você estará pra sempre em minha vida porque nem a morte sera capaz de tira lo de mim, porque já é parte vital da minha existência

Sua camponesa

domingo, 11 de janeiro de 2015

quando fico em silêncio

Quando fico em silêncio
Ouço vozes, as vezes gritos
E não sei de onde vem
Então tudo me apavora
Até o vento lá fora
Parece gritar também
Quando fico em silêncio
O vazio que tenho
Faz a dor ecoar
O corte que ainda sangra
O sangue que a alma mancha
A lembrança que não quer calar
Quando eu fico em silêncio
No quarto escuro me escondo
Mas a luz do passado vem sussurrar
Lembro o barulho que faz o sonho
Mesmo quando me oponho
A realidade vem me acordar
Quando fico em silêncio
Ouço meu coração bater
Como valsa triste um bolero
Cujo refrão queria esquecer
E sem forças me entrego
A essa mania que tenho
De calar e sofrer