domingo, 11 de janeiro de 2015

quando fico em silêncio

Quando fico em silêncio
Ouço vozes, as vezes gritos
E não sei de onde vem
Então tudo me apavora
Até o vento lá fora
Parece gritar também
Quando fico em silêncio
O vazio que tenho
Faz a dor ecoar
O corte que ainda sangra
O sangue que a alma mancha
A lembrança que não quer calar
Quando eu fico em silêncio
No quarto escuro me escondo
Mas a luz do passado vem sussurrar
Lembro o barulho que faz o sonho
Mesmo quando me oponho
A realidade vem me acordar
Quando fico em silêncio
Ouço meu coração bater
Como valsa triste um bolero
Cujo refrão queria esquecer
E sem forças me entrego
A essa mania que tenho
De calar e sofrer