Algumas pessoas me vêem Rosa.
Cheia de qualidades.
Algumas pessoas me acham Vermelha.
Rubra como o fogo, a dor, a febre.
Outras insistem em me ver amarelo ouro.
Como sol,
Como o dia nascendo ou como o sorriso sem graça. Umas talvez me considerem um verde.
De esperançosa, idealista,
guerreira na selva urbana.
Até eu mesma as vezes me acho cinza.
Como os dias chuvosos, o tempo seco, a sobriedade do austero.
E nesse arco-íris de humor inconstante, cada um me vê como quer.
Alguns como eu sou.
Outros como acham que eu deveria ser.
Muitos como acharam que eu seria.
Poucos com os olhos do coração.
quinta-feira, 14 de abril de 2016
sábado, 2 de abril de 2016
eram palavras
No dia sangrou. Doeu. Dilacerava...
Penetrava na carne com lâmina afiada.
...eram palavras...
Instantes depois o frio. Aquele sabor amargo na boca. O medo.
...eram palavras...
Vieram os tremores. O ardor. A falta de ar.
Faltava tudo.
...eram palavras...
No outro dias apenas doeu. O corpo já sem forças cansou da luta.
Mais um dia passou. Conseguiu respirar.
E no outro dia vou o sol.
...eram palavras...
Após muitos dias já não era dor. Restaram cicatrizes.
Eram palavras.
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