segunda-feira, 30 de outubro de 2017

permaneço.

Eu permaneço aqui
Ainda que eu não saiba bem se fico
O caos torna tudo tão difícil
E eu caio.
Mas o chão é o limite.
Eu que muito me perdi Nas frustrações ideais de mim
Quis ser mais forte e levantar.
E fraca fiquei de joelhos
Mas de joelhos vem a prece
E permaneço aqui.
Se vem o vendaval
Temporal de emoçoes contidas em mim
Abrigo me na disfarçatez
Permaneço.
Levando me na velocidade do vento
Qual folha ao solo.
E permaneço.
Com medo.
Insegura.
Mas aqui

no esquecimento

Sentiu que precisava esquecer.
Tentou.
E de tanto tentar, lembrou.
E de tanto pensar, sonhou.
E sonhar era relembrar.
E relembrar era viver de novo.
E viver de novo era sentir.
E sentiu.
Sentiu que precisava esquecer.
E esqueceu que bastava não sentir.

domingo, 22 de outubro de 2017

carmin

Pintou os lábios de carmin.
Um daqueles tantos tons que estavam guardados há tempo.
Sentiu falta do seu sorriso.
Quis ouvir sua risada.
Então sorriu discretamente.
Riu de si mesma e suas mesmisses.
Ainda era cedo para a risada esculaxada.
A risada cínica.
A gargalhada franca.
Mas aquele vermelho nos lábios era um recomeço tímido de quem precisava voltar a sorrir.
Voltar a se sentir feliz.
Ainda que o motivo da risada fosse ela mesma.
Ela e suas mesmisses.
Desengonçada ela.
E sorriu.

Superpoderes

A noite ela sonhava Que tinha super poderes
Com sua capa mágica
Seu toque de estrela
Cruzava o céu em vôo
Podia levitar
Domava leões e touros
Cantava pra encantar
Transformava pedra em flor
Bebia agua do mar
Mas se via o sofrimento
Era grande seu tormento
Não podia suportar
Sacava seu pó poderoso
Salpicava o ao vento
E repetia com Fé
Que seu po pomposo
Curasse aquele povo
E a vida se transformasse
A lagrima em estrela
A dor em borboleta
A doença em amor
A noite ela sonhava Em ser anjo da guarda
Um anjo zelador
Mas a moça de bom coração
De repente acordava
E no lugar da capa magica
Somente um coração
Simples e verdadeiro
Cheio de defeitos
Um coração como outro qualquer
Da moça que desejava
Que toda noite sonhava
Ser um anjo bom de mulher

A beleza na maternidade

Ontem a noite após o banho fiquei observando meu corpo e as mudanças provocadas após a maternidade.
Seios e barriga flácidos, muitas curvas acentuadas, estrias, celulite.
Continuei observando muito a contragosto e decepcionada com o que estava vendo.
Mais contrariada ainda quando vi que algumas roupas não se encaixavam a minha nova realidade.
Como num relampago, listei: dieta, massagem, academia, medicaçao, plástica.
Num outro relampago listei: acordar as 5h, tomar banho, fazer café, preparar o cafe da manha, trabalhar, chegas as 20 h, ficar com a criancas, ensinar tarefa, arrumar mochila, fazer mamadeira, dar mamar, fazer marmita, estudar e dormir.
Olhei cabisbaixa para meu corpo novamente.
E me lembrei dos primeiros sorrisos.
Me lembrei do primeiro mamae, dos furinhos das maos, dos pes gordinhos, primeiro aniversario e natal. Da felicidade que sinto em ouvir EU TE AMO e de vê los dormir seguros e tranquilos.
Então sorri. Não sou o que meu corpo mostra.
Sou o que tenho dentro e fora de mim.
Sou uma mãe realizada e tenho filhos maravilhosos.
Ainda posso emagrecer, fazer massagens. Quem sabe uma plástica.
Mas minha beleza sempre será quem eu sou.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Anjos em chamas

Numa manhã qualquer
Dessas que ninguém entende
Um monstro demente
Não teve piedade sequer
Tantos anjos a sua volta
Era pra ser alegria
Mas em sua revolta
Transformou tudo em agonia
Tanto fogo e tanta dor
Tanta maldade sem fim
O algoz senhor
Muitas vidas ceifou
Vidas de anjos mirins
O céu em festa recebe
Esses anjos de Deus
Que na Terra deixaram saudade
No coraçao dos familiares seus.
Oh mundo que em guerra está
Onde a crueldade impera
Que o amor venha libertar
A esperança salvar
Do ceifador que no espreita




Segure minha mão

Segure minha mão
Quando a noite chegar
E sentir medo do escuro
Quando a chuva vier
E a tempestade te assustar
Quando não souber o caminho
E tiver receio de se perder
Segure minha mão
Quando a caminhada for longa
E se sentir cansada
Quando se apaixonar
E nao for correspondida
E o primeiro amor
For o "único" de sua vida
Quando o cansaço for estafante
E até quando souber o que fazer
Ou não
Segure minha mão
Quando a sua pequenina não conseguir segurar com firmeza
Quando precidar partir e quiser ficar
Quando estiver longe e voltar pra casa
Segure minha mão
Que o tempo passa depressa
A distância pode ser cruel
Mas nossas mãos estarão sempre ligadas