segunda-feira, 25 de junho de 2018

Conselho de ética dos cupidos

Atenção!!!
Procura se urgentemente o Conselho de ética dos Cupidos.
Ou qualquer órgão regulamentador dessa entidade.
Alguém que responda pelos atos dos cupidos, sejam eles responsáveis ou não.
No meu caso, é condição para suspensão imediata da carteira profissional.
Meu cupido insiste em fazer me enamorada apenas em situações adversas as convencionais; onde no caso, eu me apaixono e não seria correspondida. Não.
Ele não se contenta com isso.
Passa a noite inteira na esbornia bebendo, flertando, se drogando com as relações supérfluas e vazias.
E ao amanhecer, volta para mim.
Extrupiado, cansado, amargurado e flechando quem não deveria.
Preciso e quero um cupido decente.
Um que cumpra o seu papel adequadamente.
Recomendo que o Conselho de classe o mande para uma capacitação, quem sabe uma atualização, a fim de aproveitar seus conhecimentos amorosos para o bem.
Quanto a mim, tenho um coração em recuperação.
Culpa de um cupido boêmio. ..

domingo, 24 de junho de 2018

Revelando se

Ela ousou contar seus segredos.
Era a primeira vez que se abria daquela maneira.
Como pôde se expor daquele jeito?
Àquela altura já não saberia responder.
Deixou sua insensatez falar mais alto.
Tantas vezes desviou seu olhar do dele.
Quantas ocasiões dissimulou o desejo contido nos gestos mais singelos?
Ele soube.
Ele sempre soube.
Já não seria detentor apenas da suas vontades secretas, agora também se tornara senhor dos seus segredos.

terça-feira, 19 de junho de 2018

Beijo anis

Eis o beijo selado
De segredos guardados
De sabor anis
Eis o beijo roubado
Pelo mar salgado
Desenhado a giz
Eis o beijo ardente
Em luz incandescente
Perdido por um tris
Eis o beijo apaixonado
Pelo tempo machucado
Dizendo estou aqui

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Vazio de você

Palavras ja não preenchem
Esse vazio,
esse espaço.
Lembranças vão e vem,
E procuro em vão você.
A saudade tão forte,
Grita o tempo todo Seu nome.
Seu sobrenome.
E seu rosto em tons cinza,
Marcam me como tatuagem
Mesmo quando tento esquecer.
Que direito tinha a morte,
Levar de mim quem mais amei?
Que direito tinha a vida
Me deixar viva sem você?
Aos prantos rememoro
A paixão desmedida,
aquela urgência que sentia
Da sua urgencia e de você.
E então espero que o sono,
Alento dos que sofrem,
Me tragam em sonhos
Carruagem de Ouro
E ela me traga você.
Te amo repito em tons graves,
Te amo como sempre te amei.
E o tempo que passa
A morte que nos separa
Te faz ainda mais vivo em mim