terça-feira, 23 de agosto de 2022

Desisto do amor

 Desisto do amor como quem deixa para trás um lar.

Desisto tão somente por entender que ele não foi feito para se emaranhar na minha rede de complexos sentimentos.

O amor é simples demais pra mim.

Deixo o como se um dia o tivesse retido. Ledo engano de quem se ilude pelas paixões, que longe de serem amor, são apenas migalhas ofertadas aos famigerados por ele 

É eu sei. Eu passo fome. 

De tanta avidez me tornei viciada. Não. Nunca foi alimentado meu vício. Eram migalhas distribuídas por transeuntes.

Desisto. Unicamente por não saber como conquista lo, como rete lo e principalmente como preserva lo.

Desisto.

O que mais quis jamais consegui 

Sigo meu caminho com lampejos de um raio que passou por mim.

Meu caminho é escuro.

Não há amor.


quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Eleição

 Quem vai vai ganhar 

A eleição?

O que usa a fome 

O que vende caro o pão?

Quem vai vencer a eleição?

O que se faz de coitado 

O que esconde ser vilão?

Quem vai sair a frente na eleição?

O que subjuga o pobre

Ou o que o abraça simulando afeição?

Quem vai se sobressair na eleição?

O que mente sobre tudo 

Ou o que manipula a informação?

  Quem vai perder a eleição?

O que descontroi o já feito 

Ou o que não constrói por obrigação?

Quem vai perder a eleição? 

Quem desistiu da verdade

E se vende por migalhas e tostão

Quem acredita em pessoas 

Sem valores, cheios de ambição

Quem não luta, não sensibiliza 

Com a dor do seu irmão. 

Um país onde impera 

A mentira e corrupção 









Qual o seu medo? Num lapso rememorou tudo que viveu até aquele momento. Percebeu que o medo era só um receio leve que a fazia andar com o guarda chuva no carro todos os dias.