quinta-feira, 25 de abril de 2024

Não mais.

 Adeus! 

A palavra entrecortada saiu da sua boca mas dilacerou sua alma. Tamanha dor, um dia fatalmente teria que desaguar. 

E secou.

 Aquele amor intenso, tão cheio de lascívia, medo e carinho dissolveu se em frieza, julgamento, antipatia.

Ela não sabia, amava solitária. 

E em sua ânsia por tanto amar, considerava parte do amor não exigir nada em troca. Porém muitas vezes, ele foi declarado a ela também. Mentira? Piedade?

O pouco de dignidade que lhe restava, recolheu aos cacos junto ao seu amor próprio, auto estima, auto piedade. Não seria vítima do seu algoz predileto, o amor, mas se entregou a velha amiga, a desesperança.

Deixou de acreditar que pudesse ser amada. Tornou-se volúvel, fechou se em copas. Sabia como manejar as cartas, nunca soube jogar com os sentimentos. 

E.n.d.u.r.e.c.e.u 

Murchou

O riso carmim ficou nude sem graça

Sarcástico 

E dentro dela, a esperança sua força motriz virou cinza como seus dias.

Disse Adeus

Essa seria a última vez que se humilharia por migalhas de afeto. 

O implorar a fazia sangrar.

E de sangrar sucumbiu.

Morta viva já nao sentiria mais. 

Não mais.

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