Num pedaço qualquer de papel
Escrevo palavras soltas
de um desabafo calado
Tento encontrar nele atenção
Busco um pouco de consolo
Esse papel frágil, cinza sem graça
Se parece comigo, assim como me sinto
As palavras saem sem dificuldade,
MAS doem
Gritam alto seu desespero
Insistem em sair
Percorrer as entranhas dilaceradas da desilusão
Elas soam aflitas
Clamando calmaria
Enquanto sua vontade de correr
A segura na calçada
O papel vai ficando rasurado
Manchado pelas lagrimas
Talvez eu o rasgue
como tentiva de alívio
Mas o dobro e guardo
segurando
aguardando
retendo
Uma explosão adiada pelo ao menos por enquanto
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