Te amaria outra vez se pudesse me entregar
Te amaria outra vez se esquecesse as noites em claro
Te amaria outra vez se minhas mãos marcadas encontrassem a suas
te amaria outra vez se tivesse certeza
Te amaria outra vez se pudesse recomeçar
Te amaria outra vez se me buscasse em seus sonhos
Te amaria outra vez se a canção tivesse o mesmo tom
Te amaria outra vez se o caminho fosse mais curto
Te amaria outra vez se pudesse enxergar a luz
Te amaria outra vez se fosse de verdade
Te amaria outra vez se fosse mais ardente
Te amaria outra vez se pudesse abraçar
Te amaria outra vez se não sentisse culpa
Te amaria outra vez se tivesse o dom do perdão
Te amaria outra vez se soubesse outras palavras
Te amaria outra vez se conseguisse sorrir pra você
Te amaria outra vez se sua canção fosse feita pra mim
Te amaria outra vez mesmo sem motivo
Te amaria outra vez se não fosse o adeus
Te amaria outra vez se soubesse como
Te amaria outra vez se fosse preciso esquecer
Te amaria outra vez se o tempo não passasse mais
Te amaria outra vez se houvesse tempo
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Desabafo de uma atriz
Olho para trás e a verdade parece-me menos sincera do que eu havia imaginado. Não é fácil ser a senhorita bem comportada, que eu, num esforço quase encenado, eu disse quase? Quis dizer encenado, tento ser.
Um tssunami implacável arrasa tudo dentro de mim, seguro pelo meu novo comportamento. Ela quer sair, extravasar suas águas, amedrontar com forma, enjaulado nada consegue. Minhas maneiras quase triviais, escondem o céu cinzento, o mar turvo, de águas torrenciais. É preciso, imprescindível. As circunstâncias me obrigaram a ser assim.
À noite, quando a maré sobe e se acalma, escondida pela penumbra, desço a cortina e a encenação faz uma pausa. Não posso tirar a maquiagem, imprevisível quando será o próximo ato; mas a expressão é minha, só minha. Os pensamentos, mesmo ditos em voz baixa, dão o tom às notas dos meus sentimentos.
Os olhos um pouco borrados, lágrimas fartas, e no espelho a face cansada. Sem sorrisos contidos, está lá: nua e crua, a atriz dorme. Explosão, e como numa catarata, jorra meus anseios. Cercearam o que mais amo: - minha liberdade.
Minhas roupas em tons sóbrios, em nada lembram o arco- íris antes desfilado. Menos decote, pouca ou nenhuma risada, um pudor adicionado as frases, era o que esperavam. O menos, o bem menos de quem sempre gostou do mais, do muito mais.
Não posso culpar, o livre arbítrio me deu opção de escolha. Achei que a fantasia agradaria mais, me daria a sensação de aceitação, me sentiria em casa, parte da família.
A filha do tempo com a tempestade enxuga as lágrimas fugidias, retoca a maquiagem, abre os olhos. Vê-se vestida de marrom, gestos singelos, no íntimo, sabe de cor o seu papel.
Um tssunami implacável arrasa tudo dentro de mim, seguro pelo meu novo comportamento. Ela quer sair, extravasar suas águas, amedrontar com forma, enjaulado nada consegue. Minhas maneiras quase triviais, escondem o céu cinzento, o mar turvo, de águas torrenciais. É preciso, imprescindível. As circunstâncias me obrigaram a ser assim.
À noite, quando a maré sobe e se acalma, escondida pela penumbra, desço a cortina e a encenação faz uma pausa. Não posso tirar a maquiagem, imprevisível quando será o próximo ato; mas a expressão é minha, só minha. Os pensamentos, mesmo ditos em voz baixa, dão o tom às notas dos meus sentimentos.
Os olhos um pouco borrados, lágrimas fartas, e no espelho a face cansada. Sem sorrisos contidos, está lá: nua e crua, a atriz dorme. Explosão, e como numa catarata, jorra meus anseios. Cercearam o que mais amo: - minha liberdade.
Minhas roupas em tons sóbrios, em nada lembram o arco- íris antes desfilado. Menos decote, pouca ou nenhuma risada, um pudor adicionado as frases, era o que esperavam. O menos, o bem menos de quem sempre gostou do mais, do muito mais.
Não posso culpar, o livre arbítrio me deu opção de escolha. Achei que a fantasia agradaria mais, me daria a sensação de aceitação, me sentiria em casa, parte da família.
A filha do tempo com a tempestade enxuga as lágrimas fugidias, retoca a maquiagem, abre os olhos. Vê-se vestida de marrom, gestos singelos, no íntimo, sabe de cor o seu papel.
Assinar:
Postagens (Atom)