Vão riscando em sangue rubro o caminho do meu choro
Arranhando, cortando
Sangrando perene
cristais translúcidos da minha verdade
Feixes de espadas sem fio
Caem um a um
no chão de abismo que não me sustenta
Queda livre ja anunciada
Esse pranto incontrolável
Essa dor dilacerada
Esse grito enclausurado
Falta voz
Falta força
Falta vida
Falta amor
Tento me agarrar
as finas, frágeis linhas de esperança
Arranco-as uma a uma
Falta voz,
Falta ouvidos
Falta abrigo
Falta chão
E os cristais caem um a um
O sangue fica retido em seus sinais
Essas mal traçadas linhas
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