Quando esta escuro

Me escondo no escuro
Onde me protejo de mim
Onde niguem possa me ver
É quando esta escuro
Abroos olhos pra me ver
Quando tá escuro
Vejo minha luz brilhar
Quando esta escuro solto minha voz
Me protejo de mim
Onde niguem pode me ver
Onde posso me encontrar
Me escondo em mim
Esperando que tudo se pinte de breu
Quando esta escuro
Eu posso ser eu
No escuro posso ter
Posso ser o que sonhar
E são tantas as cores
E tamanho o brilho
Que só no escuro posso ver
Qândo tá escuro
Solto minha voz
Solto minhas feras
Solto meus sentido
Só valem as palavras
Quando tá escuro
Faço o que ninguem vê
Arrisco o vôo perfeito
Posso ser quem sou
Posso ter o que quiser
Ouso ser bem melhor
Espero o escurecer
Como quem espera a liberdade
Quando tá escuro
Me protejo de mim
Estou alem dos limites
Quando tá escuro

Ainda

Ainda que falte letras
Alfabetos
Dialetos compreensíveis
Ainda que eu não fale
Ainda que haja o caos
Ainda que eu faça o caos
Mesmo que eu me pareça com você
Ainda que esteja mal
Ainda que queira ficar assim
Ainda que você se comova
Mesmo que vocÊ não entenda
Ainda que eu me faça entender
Mesmo assim estou saindo de vocÊ
Ou você quer sair de mim
Ainda que eu solte as amarras
Quebre as algemas
Rompa as barreiras
Parta os grilhoes entre nós
Ainda que se partam os nós
Mesmo que você não queira saber
Ainda que você se perca de mim
Ainda que sejam os eus
Mesmo que sejam os teus
Ainda assim serei eu e você

Lixo do luxo

Lixo e luxo é assim
Uma vastidão entre o supérfluo e o necessário
E o amontoado de sobras se perdem
Entre as ruas
Entre as valas
Entre o caos
Entre vidas
A mão soberana do criador
Se irrita com a ignorância
Com tanta falta de educação
Sus lágrima de desespero
Forna a chuva que cái sem parar
Seu lamento são trovões ensurdecedores
E os lampejos dos raios
São faíscas de sua ira
Ele nada pediu em trca do seu amor
Logo ele que nos ama tanto
Mas o mundo é lixo e luxo
E suas lágrimas caem torrenciais
Arrancando o verde
Devastando casas
há quem grite: é castigo
Mal do mal do proprio homem
Que mata seu irmao
Suja a propria casa
Polui a água que vai beber
Mas é lixo do seu lixo
E as lágrimas correm torrenciais
Leva consigo casas,
Vidas
Sonhos
Deixa para tras destruição
Mas há ainda esperança
Força para reconstrução
Haverão outros sonhos
Outras verdades
E mais lagrimas vez por outra cairão
E o lixo do luxo continuará jogado


Entre as ruas
Entre as valas
Entre o caos
Entre vidas


E amanha outros lamentos virão

Vida em rios

Esse ano, nada de uma lista enorme com tudo o que quero para o ano.

Chega!

Sem expectativas, 

Sem espera

Sem pressa

Vou deixar que a vida siga seu curso normal

Que flua como as aguas de um rio, cheio de contornos. Vez ou outra sera cortado por pedras.

Em algum momento sera tomado por torrenciais tempestades.

Em outros ficara pequeno.

Talvez desague em outras aguas ou se torne ainda maior.

Mas o deixarei livre.

Sua corrente ira me levar, mas nao sem resistencia.

Em dado momento poderei chegar ate a margem

Ou poderei mergulhar

Mas....

Me deixarei levar

Fluirei entre seus dedos,

Seus anelos,

Serei livre

Agora sigo fluidificada...

Elizabeth

Minha rainha Elizabeth


Esse e meu primeiro ano sem voce. Me reuni com a familia no ano novo, e mesmo em meio a tantas luzes e cores e brilhos e sabores, alguma coisa nao me permitiu sentir a alegria que a data rege.
Tenho me esforçado para ser aquela Maize que voce queria, me voce se orgulhando da que eu sempre fui. As vezes nao consigo, fico frustada, mas logo me sinto forte para tentar novamente.
Hoje quando acordei, uma outra mulher, meu coraçao encheu-se de esperança, me senti mais forte,mais corajosa, em parte sei, que a responsavel e voce. 
Recordei de suas palavras em nossa ultima conversa:
- Voce e capaz e mesmo quando nao estiver mais aqui estarei orando por voce como sempre orei. Tenho orgulho de ser sua avo e voce vai comigo onde eu for. 
Me sinto egoista por desejar ter voce aqui hoje, te abraçar, ouvi-la cantar meu hino predileto pra mim. Sei que voce vela por mim, que me ama assim como sempre a amarei.
Me perdoe quando eu fraquejar, mas segure minhas maos, quando as minhas nao conseguirem sozinhas
amo voce

Caro 2010 ´´e chegada a hora de nos despedirmos. Estivemos juntos nesses seus 365 dias, e nossa convivencia, embora turbulenta, foi gratificante para mim.
Devo confessar que esperava mais de voce, mas me ofereceu o que tinha, se nao correspondeu as minhas espectativas, em parte foi minha culpa, eu tambem poderia ter feito mais.
No inicio, cheia de dores e magoas, quis esperançosamente ser feliz e ver meus sonhos realizados. Vi um a um se perdendo pelo caminho. A vida profissional estagnada, afastada dos amigos, a perda da minha rainha, a falta de uma grande paixao, foram uma das nossas divergencias quanto a prioridades e tornou nosso convivio bem dificil.
No entanto, nao posso dizer que tenha sido ruim, ja que aprendi a ser menos pragmatica, a tolerar, me adpatar as circunstancias vendo um outro lado mais positivo. Aprendi que nao devo esperar demais nas pessoas e delas, que e preciso respirar 2 vezes antes de falar, que agua e importante, que sou bonita como sou, que nao preciso depositar minha felicidade em alguem nem por niguem. Ou seja, aprendi muito e todo aprendizado nos faz mais forte.
Em nossas interminaveis conversas noite afora, quando a insonia nos fazia companhia e inevitavelmente o choro dia ou outro, entendi que nao preciso ser forte sempre, que demonstrar fragilidade nao e sinal de fraqueza, chorar ´´e necessario mas chorar por tudo e desperdicio de tempo agua e sais mineirais. Entendi que a caminhada  e longa mas nao preciso fazer o percusso todo de uma vez.
Esse ano deixei de lado a listinha de coisas a fazer em 2011. Vou simplesmente deixar que o rio siga seu caminho. Posso deixar acontecer, mas quero e vou, fazer acontecer, e se acontecer, farei valer a pena.
Vou deixar a magia do desconhecido me contagiar.
Hoje, 2011 ´´e minha companhia, e nao poderia partir com ele sem me despedir de voce.Tenho muito a agradecer, tanto a falar, mas ....
Muito obrigado.
Sua amiga
Zizi