Hoje vou dormir mais cedo
Venha nos meus sonhos me encontrar
Acorde me com o leve tocar dos dedos
Minhas faces estarão úmidas de tanto chorar
Mas que importa se minha saudade
É fiel amiga da insonia que me assola
Por favor venha, tem piedade
Rever te é como dor que me consola
Dormirei um sono profundo
Para que você tenha tempo para ficar
E te abracarei em nosso mundo
Onde temos liberdade de voar
Mas venha sem pressa e me abrace
Aqueça me com seu calor
Não vou querer que o tempo passe
Quero tê lo pelo tempo que for
E faremos promessas de eternidade
Onde eterno é o nosso amor
Mas venha hoje nos meus sonhos
Vou ficar te esperando
Onde poderei toca lo
Senti lo de novo me amando
E quem sabe nos meus sonhos
Você possa ficar
sexta-feira, 29 de dezembro de 2017
Pelas esquinas da vida
E pelas esquinas da vida vou caminhando
Apanhando pedaços
Recolhendo as sobras
Revivendo trilhas
São passos lentos
Mas as esquinas...
Nem sempre são as mesmas
Apanhando pedaços
Recolhendo as sobras
Revivendo trilhas
São passos lentos
Mas as esquinas...
Nem sempre são as mesmas
sexta-feira, 3 de novembro de 2017
em suas mãos
Naquela madrugada segurei suas mãos por horas.
Fiquei observando as a meia luz.
Tão frágeis, cheias de marcas, a pele fina e desenhada com linhas do tempo.
De tão ocupados que estamos, muitas vezes não percebemos que ele passa.
Me lembrei de quando criança, a via puxar com vigor, baldes e mais baldes de água na cisterna. Depois, com destreza, passar horas na cozinha limpando, cozinhando, organizando.
Também eram essas mãos que nos cobriam a noite, equilibrando a lamparina para vencer nosso medo do escuro.
Ali, tão dependentes das minhas, suas mãos estavam seguras, mas eu, nem de longe, teria a força que a senhora sempre demonstrou ter.
E o tempo, senhor do destino, passa para todos nós.
E suas marcas, inevitáveis, são desenhos enquadrados em nós, no corpo, na face e nas memórias.
Tempo, tempo, tempo.
Que eu saiba ser sua amiga, para que uma dia sejam as minhas, mãos pequenas e frágeis, estarem seguras entre as mãos de alguém.
Fiquei observando as a meia luz.
Tão frágeis, cheias de marcas, a pele fina e desenhada com linhas do tempo.
De tão ocupados que estamos, muitas vezes não percebemos que ele passa.
Me lembrei de quando criança, a via puxar com vigor, baldes e mais baldes de água na cisterna. Depois, com destreza, passar horas na cozinha limpando, cozinhando, organizando.
Também eram essas mãos que nos cobriam a noite, equilibrando a lamparina para vencer nosso medo do escuro.
Ali, tão dependentes das minhas, suas mãos estavam seguras, mas eu, nem de longe, teria a força que a senhora sempre demonstrou ter.
E o tempo, senhor do destino, passa para todos nós.
E suas marcas, inevitáveis, são desenhos enquadrados em nós, no corpo, na face e nas memórias.
Tempo, tempo, tempo.
Que eu saiba ser sua amiga, para que uma dia sejam as minhas, mãos pequenas e frágeis, estarem seguras entre as mãos de alguém.
segunda-feira, 30 de outubro de 2017
permaneço.
Eu permaneço aqui
Ainda que eu não saiba bem se fico
O caos torna tudo tão difícil
E eu caio.
Mas o chão é o limite.
Eu que muito me perdi Nas frustrações ideais de mim
Quis ser mais forte e levantar.
E fraca fiquei de joelhos
Mas de joelhos vem a prece
E permaneço aqui.
Se vem o vendaval
Temporal de emoçoes contidas em mim
Abrigo me na disfarçatez
Permaneço.
Levando me na velocidade do vento
Qual folha ao solo.
E permaneço.
Com medo.
Insegura.
Mas aqui
Ainda que eu não saiba bem se fico
O caos torna tudo tão difícil
E eu caio.
Mas o chão é o limite.
Eu que muito me perdi Nas frustrações ideais de mim
Quis ser mais forte e levantar.
E fraca fiquei de joelhos
Mas de joelhos vem a prece
E permaneço aqui.
Se vem o vendaval
Temporal de emoçoes contidas em mim
Abrigo me na disfarçatez
Permaneço.
Levando me na velocidade do vento
Qual folha ao solo.
E permaneço.
Com medo.
Insegura.
Mas aqui
no esquecimento
Sentiu que precisava esquecer.
Tentou.
E de tanto tentar, lembrou.
E de tanto pensar, sonhou.
E sonhar era relembrar.
E relembrar era viver de novo.
E viver de novo era sentir.
E sentiu.
Sentiu que precisava esquecer.
E esqueceu que bastava não sentir.
Tentou.
E de tanto tentar, lembrou.
E de tanto pensar, sonhou.
E sonhar era relembrar.
E relembrar era viver de novo.
E viver de novo era sentir.
E sentiu.
Sentiu que precisava esquecer.
E esqueceu que bastava não sentir.
domingo, 22 de outubro de 2017
carmin
Pintou os lábios de carmin.
Um daqueles tantos tons que estavam guardados há tempo.
Sentiu falta do seu sorriso.
Quis ouvir sua risada.
Então sorriu discretamente.
Riu de si mesma e suas mesmisses.
Ainda era cedo para a risada esculaxada.
A risada cínica.
A gargalhada franca.
Mas aquele vermelho nos lábios era um recomeço tímido de quem precisava voltar a sorrir.
Voltar a se sentir feliz.
Ainda que o motivo da risada fosse ela mesma.
Ela e suas mesmisses.
Desengonçada ela.
E sorriu.
Um daqueles tantos tons que estavam guardados há tempo.
Sentiu falta do seu sorriso.
Quis ouvir sua risada.
Então sorriu discretamente.
Riu de si mesma e suas mesmisses.
Ainda era cedo para a risada esculaxada.
A risada cínica.
A gargalhada franca.
Mas aquele vermelho nos lábios era um recomeço tímido de quem precisava voltar a sorrir.
Voltar a se sentir feliz.
Ainda que o motivo da risada fosse ela mesma.
Ela e suas mesmisses.
Desengonçada ela.
E sorriu.
Superpoderes
A noite ela sonhava Que tinha super poderes
Com sua capa mágica
Seu toque de estrela
Cruzava o céu em vôo
Podia levitar
Domava leões e touros
Cantava pra encantar
Transformava pedra em flor
Bebia agua do mar
Mas se via o sofrimento
Era grande seu tormento
Não podia suportar
Sacava seu pó poderoso
Salpicava o ao vento
E repetia com Fé
Que seu po pomposo
Curasse aquele povo
E a vida se transformasse
A lagrima em estrela
A dor em borboleta
A doença em amor
A noite ela sonhava Em ser anjo da guarda
Um anjo zelador
Mas a moça de bom coração
De repente acordava
E no lugar da capa magica
Somente um coração
Simples e verdadeiro
Cheio de defeitos
Um coração como outro qualquer
Da moça que desejava
Que toda noite sonhava
Ser um anjo bom de mulher
Com sua capa mágica
Seu toque de estrela
Cruzava o céu em vôo
Podia levitar
Domava leões e touros
Cantava pra encantar
Transformava pedra em flor
Bebia agua do mar
Mas se via o sofrimento
Era grande seu tormento
Não podia suportar
Sacava seu pó poderoso
Salpicava o ao vento
E repetia com Fé
Que seu po pomposo
Curasse aquele povo
E a vida se transformasse
A lagrima em estrela
A dor em borboleta
A doença em amor
A noite ela sonhava Em ser anjo da guarda
Um anjo zelador
Mas a moça de bom coração
De repente acordava
E no lugar da capa magica
Somente um coração
Simples e verdadeiro
Cheio de defeitos
Um coração como outro qualquer
Da moça que desejava
Que toda noite sonhava
Ser um anjo bom de mulher
A beleza na maternidade
Ontem a noite após o banho fiquei observando meu corpo e as mudanças provocadas após a maternidade.
Seios e barriga flácidos, muitas curvas acentuadas, estrias, celulite.
Continuei observando muito a contragosto e decepcionada com o que estava vendo.
Mais contrariada ainda quando vi que algumas roupas não se encaixavam a minha nova realidade.
Como num relampago, listei: dieta, massagem, academia, medicaçao, plástica.
Num outro relampago listei: acordar as 5h, tomar banho, fazer café, preparar o cafe da manha, trabalhar, chegas as 20 h, ficar com a criancas, ensinar tarefa, arrumar mochila, fazer mamadeira, dar mamar, fazer marmita, estudar e dormir.
Olhei cabisbaixa para meu corpo novamente.
E me lembrei dos primeiros sorrisos.
Me lembrei do primeiro mamae, dos furinhos das maos, dos pes gordinhos, primeiro aniversario e natal. Da felicidade que sinto em ouvir EU TE AMO e de vê los dormir seguros e tranquilos.
Então sorri. Não sou o que meu corpo mostra.
Sou o que tenho dentro e fora de mim.
Sou uma mãe realizada e tenho filhos maravilhosos.
Ainda posso emagrecer, fazer massagens. Quem sabe uma plástica.
Mas minha beleza sempre será quem eu sou.
Seios e barriga flácidos, muitas curvas acentuadas, estrias, celulite.
Continuei observando muito a contragosto e decepcionada com o que estava vendo.
Mais contrariada ainda quando vi que algumas roupas não se encaixavam a minha nova realidade.
Como num relampago, listei: dieta, massagem, academia, medicaçao, plástica.
Num outro relampago listei: acordar as 5h, tomar banho, fazer café, preparar o cafe da manha, trabalhar, chegas as 20 h, ficar com a criancas, ensinar tarefa, arrumar mochila, fazer mamadeira, dar mamar, fazer marmita, estudar e dormir.
Olhei cabisbaixa para meu corpo novamente.
E me lembrei dos primeiros sorrisos.
Me lembrei do primeiro mamae, dos furinhos das maos, dos pes gordinhos, primeiro aniversario e natal. Da felicidade que sinto em ouvir EU TE AMO e de vê los dormir seguros e tranquilos.
Então sorri. Não sou o que meu corpo mostra.
Sou o que tenho dentro e fora de mim.
Sou uma mãe realizada e tenho filhos maravilhosos.
Ainda posso emagrecer, fazer massagens. Quem sabe uma plástica.
Mas minha beleza sempre será quem eu sou.
sexta-feira, 13 de outubro de 2017
Anjos em chamas
Numa manhã qualquer
Dessas que ninguém entende
Um monstro demente
Não teve piedade sequer
Tantos anjos a sua volta
Era pra ser alegria
Mas em sua revolta
Transformou tudo em agonia
Tanto fogo e tanta dor
Tanta maldade sem fim
O algoz senhor
Muitas vidas ceifou
Vidas de anjos mirins
O céu em festa recebe
Esses anjos de Deus
Que na Terra deixaram saudade
No coraçao dos familiares seus.
Oh mundo que em guerra está
Onde a crueldade impera
Que o amor venha libertar
A esperança salvar
Do ceifador que no espreita
Dessas que ninguém entende
Um monstro demente
Não teve piedade sequer
Tantos anjos a sua volta
Era pra ser alegria
Mas em sua revolta
Transformou tudo em agonia
Tanto fogo e tanta dor
Tanta maldade sem fim
O algoz senhor
Muitas vidas ceifou
Vidas de anjos mirins
O céu em festa recebe
Esses anjos de Deus
Que na Terra deixaram saudade
No coraçao dos familiares seus.
Oh mundo que em guerra está
Onde a crueldade impera
Que o amor venha libertar
A esperança salvar
Do ceifador que no espreita
Segure minha mão
Segure minha mão
Quando a noite chegar
E sentir medo do escuro
Quando a chuva vier
E a tempestade te assustar
Quando não souber o caminho
E tiver receio de se perder
Segure minha mão
Quando a caminhada for longa
E se sentir cansada
Quando se apaixonar
E nao for correspondida
E o primeiro amor
For o "único" de sua vida
Quando o cansaço for estafante
E até quando souber o que fazer
Ou não
Segure minha mão
Quando a sua pequenina não conseguir segurar com firmeza
Quando precidar partir e quiser ficar
Quando estiver longe e voltar pra casa
Segure minha mão
Que o tempo passa depressa
A distância pode ser cruel
Mas nossas mãos estarão sempre ligadas
Quando a noite chegar
E sentir medo do escuro
Quando a chuva vier
E a tempestade te assustar
Quando não souber o caminho
E tiver receio de se perder
Segure minha mão
Quando a caminhada for longa
E se sentir cansada
Quando se apaixonar
E nao for correspondida
E o primeiro amor
For o "único" de sua vida
Quando o cansaço for estafante
E até quando souber o que fazer
Ou não
Segure minha mão
Quando a sua pequenina não conseguir segurar com firmeza
Quando precidar partir e quiser ficar
Quando estiver longe e voltar pra casa
Segure minha mão
Que o tempo passa depressa
A distância pode ser cruel
Mas nossas mãos estarão sempre ligadas
sexta-feira, 22 de setembro de 2017
Personalidade secreta
Meus segredos guardados
Minha raiva contida
O desprezo rasgado
A sinceridade travestida
São artifícios do medo
A verdade escondida
O que sou eu não digo
O que faço eu disfarço
E de tanto fingir
Acredito no que falo
Protegida da maldade
A falsidade encoberta
A real intenção de intensões tão espertas Mas o coração aberto
A verdade revela
Ao corajoso invasor de sua personalidade secreta
Minha raiva contida
O desprezo rasgado
A sinceridade travestida
São artifícios do medo
A verdade escondida
O que sou eu não digo
O que faço eu disfarço
E de tanto fingir
Acredito no que falo
Protegida da maldade
A falsidade encoberta
A real intenção de intensões tão espertas Mas o coração aberto
A verdade revela
Ao corajoso invasor de sua personalidade secreta
quinta-feira, 31 de agosto de 2017
quarta-feira, 23 de agosto de 2017
Bebe o cálice doce da Paixão
Como o sedento pede água
Sorve gota a gota em desespero
Como se matasse a sede
De quem espera e não tem
Poderia escolher farta se
Das efêmeras relações noturnas
Mas era daquela dor sufocante
Sua necessidade e saciedade de ter
Teria um oásis se quisesse
Um paraíso ao seu dispor
Mas preferia a realidade inconstante
Do que a ilusão acolhedora
Como o sedento pede água
Sorve gota a gota em desespero
Como se matasse a sede
De quem espera e não tem
Poderia escolher farta se
Das efêmeras relações noturnas
Mas era daquela dor sufocante
Sua necessidade e saciedade de ter
Teria um oásis se quisesse
Um paraíso ao seu dispor
Mas preferia a realidade inconstante
Do que a ilusão acolhedora
segunda-feira, 21 de agosto de 2017
Rio
A vida segue como rio
As vezes calmo
As vezes correnteza
Tão claro
Tão turvo
E segue
As vezes desagua em mar
As vezes desagua em rio
Nem sempre desagua
E seca
Se seca.
As vezes enche e transborda
As vezes so enche
E segue.
As vezes tem pedras demais
Nem sempre tem pedras
Mas congela.
Nem sempre, mas congela
As vezes tem vida demais
Nem sempre vida tem
Mas segue.
As vezes contorna obstaculos
Nem sempre obstaculos tem
Mas segue
Sempre segue
As vezes calmo
As vezes correnteza
Tão claro
Tão turvo
E segue
As vezes desagua em mar
As vezes desagua em rio
Nem sempre desagua
E seca
Se seca.
As vezes enche e transborda
As vezes so enche
E segue.
As vezes tem pedras demais
Nem sempre tem pedras
Mas congela.
Nem sempre, mas congela
As vezes tem vida demais
Nem sempre vida tem
Mas segue.
As vezes contorna obstaculos
Nem sempre obstaculos tem
Mas segue
Sempre segue
sexta-feira, 28 de julho de 2017
Na madrugads
Madrugada
Na madrugada busco seus olhos
Mas o que vejo são as marcas de um passado
Na madrugada anseio por suas mãos
Mas o que encontro são lembranças
Somente lembranças
São marcas apagadas pelo tempo
São feridas não cicatrizadas
Palavras que não foram ditas
Lágrimas que foram derramas
O adeus que não cessou
O beijo que a boca pedia
O beijo negado
A espera do reencontro
A noite chegou fria
A madrugada ficou gelada
Mas sempre estarei aqui
Qualquer dia desses, quem sabe... ... ...
Na madrugada busco seus olhos
Mas o que vejo são as marcas de um passado
Na madrugada anseio por suas mãos
Mas o que encontro são lembranças
Somente lembranças
São marcas apagadas pelo tempo
São feridas não cicatrizadas
Palavras que não foram ditas
Lágrimas que foram derramas
O adeus que não cessou
O beijo que a boca pedia
O beijo negado
A espera do reencontro
A noite chegou fria
A madrugada ficou gelada
Mas sempre estarei aqui
Qualquer dia desses, quem sabe... ... ...
FEMINISTA
feminista
Eu sei que você queria que eu fosse uma menina
Dessas de histórias infantis
Ou aquelas de revistas femininas
Queria que eu fosse uma donzela
Dessas de olhar lânguido
De face fina
Maos finas
Dedos finos
Fina
Queria que eu fosse Amélia
Cozinhasse
Lavasse
Passasse
Cuidasse
Soubesse fazer seu prato predileto
Sei você queria que eu fosse
Submissa
Passiva
Flexivel
Bondosa
Caridosa
Dondoca
Em seu íntimo me pintaria a pincel
Em sua verdade eu seria perfeita
Cintura fina, seios médios, cabelos impecavelmente penteados
Sem marcas, sem rugas, sem maquiagem
Um batom de leve
Em seu desenho teria cintura fina, nádegas avantajadas
Cobertas de leve vestido azul clarinho
teria pés finos
Saberia dois idiomas
Dois ou tres cursos de culinaria
Estaria sempre de bom humor
Não teria TPM
E quando engravidasse falaria só de vc
Seria mae dadivosa
Só lhe daria filhos homens
E quem sabe uma princesinha
E vc seria meu dono
E vc seria meu chefe
E em meus sonhos só haveria vc
E com vc teria orgasmos múltiplos
Vc seria meu herói
Salvaria meu dia
Ao final da noite em lençois perfumados
vc dormiria aconchegado a mim
Não teria que me perguntar sobre meu dia, Meus sonhos, angustias e aflições
viveria so por vc
Em seus braços aninhada eu seria a mais feliz das mulheres
Mas eu... não escolhi você
Eu sei que você queria que eu fosse uma menina
Dessas de histórias infantis
Ou aquelas de revistas femininas
Queria que eu fosse uma donzela
Dessas de olhar lânguido
De face fina
Maos finas
Dedos finos
Fina
Queria que eu fosse Amélia
Cozinhasse
Lavasse
Passasse
Cuidasse
Soubesse fazer seu prato predileto
Sei você queria que eu fosse
Submissa
Passiva
Flexivel
Bondosa
Caridosa
Dondoca
Em seu íntimo me pintaria a pincel
Em sua verdade eu seria perfeita
Cintura fina, seios médios, cabelos impecavelmente penteados
Sem marcas, sem rugas, sem maquiagem
Um batom de leve
Em seu desenho teria cintura fina, nádegas avantajadas
Cobertas de leve vestido azul clarinho
teria pés finos
Saberia dois idiomas
Dois ou tres cursos de culinaria
Estaria sempre de bom humor
Não teria TPM
E quando engravidasse falaria só de vc
Seria mae dadivosa
Só lhe daria filhos homens
E quem sabe uma princesinha
E vc seria meu dono
E vc seria meu chefe
E em meus sonhos só haveria vc
E com vc teria orgasmos múltiplos
Vc seria meu herói
Salvaria meu dia
Ao final da noite em lençois perfumados
vc dormiria aconchegado a mim
Não teria que me perguntar sobre meu dia, Meus sonhos, angustias e aflições
viveria so por vc
Em seus braços aninhada eu seria a mais feliz das mulheres
Mas eu... não escolhi você
SOU UMA PUTA
SOU UMA PUTA!
Sou uma puta porque nunca me conformei em ser politicamente certa. Alias Escolhi a esquerda porque a direita era obvia demais.
Sou uma puta porque tomava porres hilários na faculdade e ainda dava vexames. Mas meus amigos faziam o mesmo e eram "os caras".
Sou uma puta porque ao me formar fui desbravar lugares e morar sozinha. Deveria ter ficado na casa da minha mãe e esperar me casar para sair. Amigos e parentes nao tiveram coragem mas isdo não está em discussão.
Sou uma puta porque só ficava. Nunca trazia namorado em casa. Afinal moça de familia só namora para casar, de preferência virgem.
Assumidamente puta. Porque escolhi trabalhar em lugares improváveis e aceitar os salarios impostos a mulheres onde os homens ganham mais.
Tive filhos sozinha. Sim. Optei pela dificil decisao de nao conviver com o pai dos meus filhos para evitar a hipocrita relacao de pensionista e familia bilateral, onde a familia do pai tem sempre razao porque a PUTA da mulher que nao se protegeu de propósito para dar o golpe.
Ahhhh como sou PUTA.
Quase não saio porque encontrar babá é raridade e se saio, ahhh ... larguei os filhos com "estranhos". Estranho = 100 $ a noite e vc ainda liga de meia em meia hora para conferir se estao bem.
PUTAAA com um acento no A. PUTAAAA
Porque saio sozinha sento no bar e tomo uma cerveja. Sozinha porque quando tenho amigas elas estao trabalhando como eu ou nao podem sair comigo pois sou PUTA MAE SOLTEIRA nao pega bem minha companhia.
PUTA porque acordo as 5, nem sempre durmo, choro no chuveiro. Nao viajo sozinha. Nao sobra tempo pro ingles e mestrado. Porque nao dou satisfaçao da minha vida e falo palavrao. Sou uma PUTA feliz na maioria dos dias. E se ser puta é permanecer como estou, ahhhh entao vou ficar puta da vida sorrir quando o dia for puta ruim. Passarei um puta batom vermelho e se puder tomarei putas porres com putas ressacas e muitas risadas de putas piadas. E meus filhos serao filhosdaputa de inteligentes bonitos e abençoados. Afinal uma puta como eu nao se encontra em uma puta qualquer!
Sou uma puta porque nunca me conformei em ser politicamente certa. Alias Escolhi a esquerda porque a direita era obvia demais.
Sou uma puta porque tomava porres hilários na faculdade e ainda dava vexames. Mas meus amigos faziam o mesmo e eram "os caras".
Sou uma puta porque ao me formar fui desbravar lugares e morar sozinha. Deveria ter ficado na casa da minha mãe e esperar me casar para sair. Amigos e parentes nao tiveram coragem mas isdo não está em discussão.
Sou uma puta porque só ficava. Nunca trazia namorado em casa. Afinal moça de familia só namora para casar, de preferência virgem.
Assumidamente puta. Porque escolhi trabalhar em lugares improváveis e aceitar os salarios impostos a mulheres onde os homens ganham mais.
Tive filhos sozinha. Sim. Optei pela dificil decisao de nao conviver com o pai dos meus filhos para evitar a hipocrita relacao de pensionista e familia bilateral, onde a familia do pai tem sempre razao porque a PUTA da mulher que nao se protegeu de propósito para dar o golpe.
Ahhhh como sou PUTA.
Quase não saio porque encontrar babá é raridade e se saio, ahhh ... larguei os filhos com "estranhos". Estranho = 100 $ a noite e vc ainda liga de meia em meia hora para conferir se estao bem.
PUTAAA com um acento no A. PUTAAAA
Porque saio sozinha sento no bar e tomo uma cerveja. Sozinha porque quando tenho amigas elas estao trabalhando como eu ou nao podem sair comigo pois sou PUTA MAE SOLTEIRA nao pega bem minha companhia.
PUTA porque acordo as 5, nem sempre durmo, choro no chuveiro. Nao viajo sozinha. Nao sobra tempo pro ingles e mestrado. Porque nao dou satisfaçao da minha vida e falo palavrao. Sou uma PUTA feliz na maioria dos dias. E se ser puta é permanecer como estou, ahhhh entao vou ficar puta da vida sorrir quando o dia for puta ruim. Passarei um puta batom vermelho e se puder tomarei putas porres com putas ressacas e muitas risadas de putas piadas. E meus filhos serao filhosdaputa de inteligentes bonitos e abençoados. Afinal uma puta como eu nao se encontra em uma puta qualquer!
domingo, 16 de julho de 2017
Curriculo de anjo
Não sou un anjo qualquer. Tenho alem de virtudes inrentes a todo bom anjo, pecados escondidos também. Não são pecados confessos, pois a prepotência me impede de assumi-los, confissão de minha fraqueza. Mas os tenho como qualquer mortal. Como bom anjo que sou, meu poder de persuasão levam aos outros à crendice de que a bondade é unânime em minhas atitudes. Sei que deveria sentir vergonha, mas acredite, peco e gosto da transgressão do pecado. As vezes tento me redimir, mas logo vem a tentação e peco quantas vezes meu desejo obsceno em pecar me incite a isso. Acredito piamente que sou um bom anjo porque cumpro com minhas atribuiçoes de caridade e desprendimento, entao, sob esse aspecto, não sou merecedora de críticas. Aliás, estou ate pensando em me candidatar a vaga de serafim, um cargo maior que o meu na hierarquia dos anjos. O que me faz apropriada ao cargo? Não tenho a hipócrita moralidade dos bons, nem a menção honrosa dos que erram e se assumem como sinal de submissao, logo, mereço.
quinta-feira, 11 de maio de 2017
Despedida de Maria
Maria você nasceu
Sob dor e alegria
A quem nasce para ser apenas feliz
Você nasceu para ser Maria
Maria que acorda cedo
Maria que borda e capina
Maria que cuida dos seus
E dos filhos de outras em mordomia
Maria de mãos calejadas
Maria sem tempo pra sonhar
Maria de facão e enxada
Maria criada, agricultora e do lar.
Maria filha dedicada
Maria esposa ideal
Mãe , avó e tia
Maria de amor sem igual
Se em noites em claro costurou
Sob o sol quente pôs roupa a quarar
Tachos de cobre cozinhou e torrou
Rapadura e farinha para a familia alimentar
Maria que debaixo de lona dormiu
Maria que bens nao amealhou
Com suas mãos a casa construiu
Abrigando os seus que nunca abandonou
Já na velhice voz cansada
Andar cansado e maos fraquinhas
Ainda assim muito preocupada
Com os filhos e suas criancinhas
Mas a morte destino de quem vive
Não perdoa e leva a dormir
Te levou nossa Maria
E tristeza deixou aqui
Mas as lembranças consolo de quem fica
De sua bondade nos faz recordar
Eternizou você nossa Maria
Maria que sempre iremos amar
E um dia certeza nos temos
Que iremos todos no céu morar.
Dessa neta cuja a saudade cobriu de dor.
Sob dor e alegria
A quem nasce para ser apenas feliz
Você nasceu para ser Maria
Maria que acorda cedo
Maria que borda e capina
Maria que cuida dos seus
E dos filhos de outras em mordomia
Maria de mãos calejadas
Maria sem tempo pra sonhar
Maria de facão e enxada
Maria criada, agricultora e do lar.
Maria filha dedicada
Maria esposa ideal
Mãe , avó e tia
Maria de amor sem igual
Se em noites em claro costurou
Sob o sol quente pôs roupa a quarar
Tachos de cobre cozinhou e torrou
Rapadura e farinha para a familia alimentar
Maria que debaixo de lona dormiu
Maria que bens nao amealhou
Com suas mãos a casa construiu
Abrigando os seus que nunca abandonou
Já na velhice voz cansada
Andar cansado e maos fraquinhas
Ainda assim muito preocupada
Com os filhos e suas criancinhas
Mas a morte destino de quem vive
Não perdoa e leva a dormir
Te levou nossa Maria
E tristeza deixou aqui
Mas as lembranças consolo de quem fica
De sua bondade nos faz recordar
Eternizou você nossa Maria
Maria que sempre iremos amar
E um dia certeza nos temos
Que iremos todos no céu morar.
Dessa neta cuja a saudade cobriu de dor.
quarta-feira, 29 de março de 2017
Assinar:
Postagens (Atom)