segunda-feira, 16 de março de 2020

Venha nos meus sonhos

Hoje vou dormir mais cedo
Venha nos meus sonhos me encontrar
Acorde me com o leve tocar dos dedos
Minhas faces estarão úmidas de tanto chorar
Mas que importa se minha saudade
É fiel amiga da insonia que me assola
Por favor venha, tem piedade
Rever te é como dor que me consola
Dormirei um sono profundo
Para que você tenha tempo para ficar
E te abracarei em nosso mundo
Onde temos liberdade de voar
Mas venha sem pressa e me abrace
Aqueça me com seu calor
Não vou querer que o tempo passe
Quero tê lo pelo tempo que for
E faremos promessas de eternidade
Onde eterno é o nosso amor
Mas venha hoje nos meus sonhos
Vou ficar te esperando
Onde poderei toca lo
Senti lo de novo me amando
E quem sabe nos meus sonhos
Você possa ficar

cálice da paixão

Bebe o cálice doce da Paixão
Como o sedento pede água
Sorve gota a gota em desespero
Como se matasse a sede
De quem espera e não tem
Poderia escolher farta se
Das efêmeras relações noturnas
Mas era daquela dor sufocante
Sua necessidade e saciedade de ter
Teria um oásis se quisesse
Um paraíso ao seu dispor
Mas preferia a realidade inconstante
Do que a ilusão acolhedora

desejo escondido

Desviou do olhar pela primeira vez
Quis fugir
Tentou dissimular o desejo com indiferença
Falhou
O arrepio na pele pelo toque displicente entregou suas intenções
Desviou o assunto
Retrucou com rispidez
A voz rouca embargada pelo tesão calou
Não foi a última vez
Que quis o que não lhe pertencia
Que ansiou pelos beijos sofregos que jamais seriam seus
Seu corpo ávido pelo toque ardente de mãos que não lhe seriam permitidas
Nao era seu
Tinha outra dona
Outra boca
Gemeria alto provocado por lábios
Nao seriam os seus.
A noite queimando pelos pensamentos mais pecaminosos e libertinos
Seu corpo perecia
O desejo tinha nome
O pecado tinha corpo
A vontade tinha apenas uma descrição
Sua sentença a solidão da noite