segunda-feira, 16 de março de 2020

desejo escondido

Desviou do olhar pela primeira vez
Quis fugir
Tentou dissimular o desejo com indiferença
Falhou
O arrepio na pele pelo toque displicente entregou suas intenções
Desviou o assunto
Retrucou com rispidez
A voz rouca embargada pelo tesão calou
Não foi a última vez
Que quis o que não lhe pertencia
Que ansiou pelos beijos sofregos que jamais seriam seus
Seu corpo ávido pelo toque ardente de mãos que não lhe seriam permitidas
Nao era seu
Tinha outra dona
Outra boca
Gemeria alto provocado por lábios
Nao seriam os seus.
A noite queimando pelos pensamentos mais pecaminosos e libertinos
Seu corpo perecia
O desejo tinha nome
O pecado tinha corpo
A vontade tinha apenas uma descrição
Sua sentença a solidão da noite

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