domingo, 15 de novembro de 2020

Todos vêem essas manias 
 trejeitos 
 jeitos 
de alguém sem medo 
sem receio 
preconceito 
despida de qualquer segredo 
imune aos próprios devaneios 
perdida entre os veios de um rio de lama e rejeitos 
Que dela escorreu entre os dedos 
 Não sabem que fala da mentira 
a verdade estampada na face 
 que não usa disfarce 
 e não sabe se arde
 ou se dorme covarde 
ainda que por bondade
 fingida crueldade 
ela queira 
antes que tarde 
 consiga quem sabe 
fugir do embate 
entre a ruína e recalque. 
 da espera cansada 
sua alma lavada 
de pranto em cascata 
Não consegue armada 
da dor desafiada 
Se livrar aprisionada 
 enfim ela tenta 
de amor sedenta 
da paixão que enfrenta 
longe a tormenta 
 a fazem desistir