Quando amanhece
A luz do sol me aquece
As lembranças vem
Elas aumentam o vazio deixado por você
Naufrago entre lágrimas
Oscilo entre o querer e a razão
Você tem medo
Eu tenho os meus
Eu não te vejo
Mas você está em mim
Queria voltar no tempo
E não te amar
Deixa a espera me levar
Sobrevivendo
Eu tenho errado tentando acertar
Mas depois de você, a vida continua
Mas depois de você ela perdeu o encanto
Recordo me de quem queria ser
Do que queria ter
Desesperada queria fugir de mim
Encontrar um mundo só meu e seu
Diante de mim uma verdade cruel
O amor solitário
Profano
Dentro de mim dor e medo
Engano e saudade
Dilacerando minhas entranhas e lesionando velhas cicatrizes
Sei do seu mal
Do que te aflige
Mas você não me permite ajudar
Acha mesmo que eu não seria capaz de te amar na sua
incapacidade
Eu enxugaria suas lagrimas
Suportaria sua dor
Entenderia sua fraqueza
Eu seria a cura e o remédio para seu mal
Nenhuma estrada é tão longa que me separe de você
Nem problema tamanho que eu não suportasse ao seu lado
Nem rio tão profundo quando a intensidade dos meus
sentimentos
Pegue minhas mãos estendidas
Se aquiete no abraço acolhedor
Sem julgamento
Sem cobrança
Só amor
Essa noite você me contou que irá para longe de mim.
Por favor, vire me as costas, desvie seus olhos para que eu possa partir
Será mais dificil se você estiver me olhando.
Essa saudade nunca terá fim.
- " Eu não posso ficar", disse você.
Doeu.
Doeu demais.
-"Eu não quero que você vá". Implorei.
-"Fique"
- "Não"
- "Me perdoe"
- "Não há mais tempo"
Por favor, vire me as costas, desvie seus olhos para que eu possa partir
Vou acender o abajur.
Não consigo te amar no escuro.
Tenho medo.
Te perder é um fantasma assustador demais.
Você longe de mim é como morte lenta.
Se houver esperança, "te amo"
Se desistir, estarei aqui.
So tenho o meu amor e mais nada.
E tudo o que tenho ja dei a você.
Não se vire, ou me verá ajoelhada aos seus pés.
A rogar seu amor, minha força vital.
Por favor, vire me as costas, desvie seus olhos para que eu possa partir
Eu já tentei me iludir
Beijando outras bocas por beijar
Fingindo sentir o que não sinto
Fugindo do que sinto e por te amar
Tentei ocupar minha cabeça,
Aquecer meu frio numa taça de gin
Misturar bebida com tristeza
Tentativa vã de te arrancar de mim
E ainda que eu lute contra esse sentimento,
Não consigo arrancar de mim o que você deixou.
De tantos abraços que te pedi, do beijo quente que implorei,
Agora São só lembranças de um amor que acabou.
Nem tudo é cor
O cinza me cai bem
Nem tudo é dor
A alegria tem seus dias também
Nem tudo é insonso
Há comida salgada no prato
As vezes quero o pão doce
Nem sempre provo o giló amargo
Nem tudo arde
O sol também refresca
As cartas que falam de sorte
Em noites de jogatina meu azar sela
Nem tudo é poesia
Me comove letras de música brega
Não posso ser boa menina
Fico melhor ainda em pose de megera
Nem tudo está equilibrado
A fina corda do que desespera
Não há cola para cristal quebrado
O colapso cria e dita regras
E um ser em descompasso
Anda também por linhas retas
Fingindo andar bem descalço
Em cacos de vidro do coração que quebra
Eu, mar que sou
Me consumi em ondas
Que me arrastavam ao litoral
Entrando areia a dentro
Como que temendo não ter fim
E houve o fim.
Mas sempre haveriam as chuvas para "desaguar"
E mais portos para conter me.
Quando irei te rever?
Você vai sem dizer adeus.
Nem uma palavra a dizer.
Sem beijo final para calar a dúvida.
O "se" foi nosso algoz.
Tenho um coração errante e uma amargura.
Um olhar triste. Perdi.
Você tem lembranças?
Irá se lembrar de mim?
A razão calou o desejo.
Me deixe ser tua ao menos uma vez.
Ou você me apagou completamente de sua memória?
Tantas vezes errei
Errando quis acertar
Errando te afastei de mim
Não sou perfeita como você gostaria.
Quanto mais eu penso, menos eu sei
Mas eu sei que tenho um coração inconstante e amargura
E um olho errante, e um peso na minha cabeça
Mas você não se lembra?
Será que irá se lembrar de mim?
Lembre se de mim mais uma vez
Ao partir
Adeus
O destino cruel selou
Escolheu o romper os laços
Ainda nem atados
Que me unia ao meu amor
Alma gêmea não revelada
Pelas circunstancia afastada
Pelo algoz compromisso
Que em mim encontrou morada
Adeus
Proferiu sem compaixão
Ir embora de onde nunca partiu
Deixando para trás o que nunca existiu
Sentimentos habitados só em meu coração
Suplicar sua benevolência
Implorar seu perdão
Pedir o que não pode ser dado
Por outro compromisso sagrado
Fardo pesado da paixão
Adeus, sem demora
Dito em letras garrafais
Selando a árdua sentença
A eterna penitência
De amar e não poder ver mais
Apenas adeus
