Nem tudo é cor
O cinza me cai bem
Nem tudo é dor
A alegria tem seus dias também
Nem tudo é insonso
Há comida salgada no prato
As vezes quero o pão doce
Nem sempre provo o giló amargo
Nem tudo arde
O sol também refresca
As cartas que falam de sorte
Em noites de jogatina meu azar sela
Nem tudo é poesia
Me comove letras de música brega
Não posso ser boa menina
Fico melhor ainda em pose de megera
Nem tudo está equilibrado
A fina corda do que desespera
Não há cola para cristal quebrado
O colapso cria e dita regras
E um ser em descompasso
Anda também por linhas retas
Fingindo andar bem descalço
Em cacos de vidro do coração que quebra
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