Veste traje de guerra
Convoca sua tribo
Índia guerreira peleja
Acorda de madrugada
Poe feijão pra cozinhar
Depois que aos filhos beija
Vai pra rua trabalhar
Escreve digita e lê
Se equilibrando no salto alto
Advoga e conta leis
Nem sempre com isso concorda
Respira bem fundo
tentando se controlar
Sutura, limpa e ausculta
Um coração que vai parar
A médica acordada a 36 horas
Buscando a vida salvar
Quebra quebra não para de quebrar
Dedos machucados do coco da floresta
E a mãe quebradeira quebrada está
Mas precisa comprar o pão com o pouco que lhe resta
No palco dança seminua
Atrai pra si tantos desejos
Pela manhã volta para casa
Fedendo a cigarro e cheia de medos
Prostituta rampeira que sustenta os pais em segredo
O lixo revira, procura comida
Latinhas, garrafas, precisa vender
Sustento daquela que o vende
E aos seus filhos da o que comer
E são tantas Marias
Elisas, Marcias, Maize
Mulheres comuns, mulheres apenas
Diariamente lutando
Com seu jeito transformando
Um mundo e pessoas
Mulheres apenas
Nenhum comentário:
Postar um comentário