sábado, 24 de fevereiro de 2024

Foi

 Eu quando foi que entendi

Que você nunca quis 

Fazer parte desse mundo

Que inventei ?

Você nunca quis ser

Parte do todo que te ofereci

E eu insisti em não ver 

Mas meu amor era por nós dois

Eu cega ...

Infeliz do que vê pelos olhos da paixão

Que destrói mundo

Que dilacera vida

Quando eu sentir saudade que eu me lembre o porquê me quebrei

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Anjo sem asas

 Havia um anjo. Desses de olhar sereno, voz calma, asas alvas como a neve. Um anjo brincalhão, adorava sorrir, abraçar e ajudar pessoas. Se alimentava de sorrir e fazer sorrir. Não dormia. Gostava de sonhar. E era feliz assim. Pra que tanto sorriso? Pra quê ajudar, anjo bobinho?!? Ele

 sorria feito criança e logo saia para socorrer alguém, brincar ou abraçar. 

Certo dia não conseguiu salvar e chorou. Quis ajudar não foi suficiente argumentaram. Foi lá e fez. Não é desse jeito gritou alguém. A medida que ia ouvindo essas coisas parou de sorrir. A cada decepção diminuía a vontade de voar e suas asas foram perdendo as penas. Já não voava e andava com dificuldade mas insistia em ajudar. Um dia, alguém irritado com sua bondade lhe cortou o restante das asas, colou seus lábios e amarrou seus braços. Sua vida se esvaiu com as lágrimas. A tristeza o transformou em pedra. Então não incomodou mais ninguém. 


Isso não é sobre anjos.