quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Liberta

Arranca de mim como quem rasga a terra a procura da raiz esse amor que me consome

Já não posso mais conviver com o amar sem medida, sem contentamento, colhendo as migalhas de afeto como quem mendiga o pão. 

Abra me as entranhas até que minh'alma exposta se revele inundada por esse amor impuro e dela se derrame o que não preciso e não posso reter. 

Leve meu corpo enfraquecido pelo choro copioso e noites em claro ao abismo e de lá atira me nos braços do mar revolto, ele me levará ao fundo e lá para diminuir a sua solidão de amante não correspondido me manterá cativa.

E se após tudo isso ainda restar em mim resquícios desse amor que me tortura, apaga de mim todas as minhas lembranças e talvez no vazio, eu seja livre

sábado, 11 de janeiro de 2025

Eu e você

 Em meus sonhos 

Nas noites mais tranquilas

De verão ameno 

Seríamos eu e vc

Uma praia

Um luar

Mãos dadas

A água morna

A noite clara

A brisa fresca 

Eu e vc

Mãos dadas

Beijos carinhosos 

Poucas palavras

Livres

De amarras ... Do tempo... Das convenções 

Mãos dadas

Olhares de intimidade 

Eu e você 

E não seriam necessárias as palavras