Arranca de mim como quem rasga a terra a procura da raiz esse amor que me consome
Já não posso mais conviver com o amar sem medida, sem contentamento, colhendo as migalhas de afeto como quem mendiga o pão.
Abra me as entranhas até que minh'alma exposta se revele inundada por esse amor impuro e dela se derrame o que não preciso e não posso reter.
Leve meu corpo enfraquecido pelo choro copioso e noites em claro ao abismo e de lá atira me nos braços do mar revolto, ele me levará ao fundo e lá para diminuir a sua solidão de amante não correspondido me manterá cativa.
E se após tudo isso ainda restar em mim resquícios desse amor que me tortura, apaga de mim todas as minhas lembranças e talvez no vazio, eu seja livre
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