Ontem tanteando o controle remoto em busca de algo interessante para assistir na TV parei na sbt e vi a Isabela Fiorentino, ícone da beleza e da moda brasileira; resolvi ver o programa que minhamae vem comentando há dias comigo.
FUTILIDADE, eis uma palavra que resume o programa. Os aprensentadores surpeficiais e sem muita versatilidade na apresentação, têm o vocabulario diluido em frases feitas e de ironia pouco criativa porem muito cruel.
Para quem nao conhece o programa funciona assim: alguem da familia ou amigos da vítima em questao, julgam que essa pessoa é brega ou que nao se veste bem (isso para os padroes dels), dai manda uma carta ou e-mail para o programa.
Dai começa a via cruzis
Como é que amigos verdadeiros e familiares pode expor alguem a essa humilhação pública? Quem lhes deu o direito de definir isso ou aquilo sobre a personalidade de alguem?
Os apresentadores vão a csa da vítima, detonam não só suas roupas mas também sua auto estima.
Fazem comentarios grosseiros e dão risadinhas sarcasticas.
Logo apos começam o que eles chamam de salvação. Mudam o estilo da pessoa ao seu bel prazer, mandam pro cabeleireiro, estética, shopping. A escolhida com o sorriso amarelo da relatos doq uanto aquilo mudou sua vida e os apresentadores exibem sorrisos vitoriosos do que eles chamam de "salvação" de uma alma perdida.
Me sinto ultrajada. Todas nós mulheres com alta ou baixa auto estima sabemos que numa festa ou em qualquer lugar sempre olhamos as outras mulheres, criticando-as ou nao por seus estilos, mas respeitando-as por serem o que são.
Agora vem duas pessoas que se julgam ícones porque fazem parte do seleto mundo fashion e querem ditar regras impostas por eles segundo o gosto deles. me desculpa mas não concordo.
tenho minhas crises de auto estima e existencial, mas sou o que sou. Se quero mudar ou tenho que mudar essa tem que ser uma escolha minha, mas se nao mudo o que sinto como posso mudar o que mostro?
Outro dia um psicologo disse à Ana Maria Braga mais ou menos isso:
As pessoas ficam tão precoupadas em agradar os outros e a manterem suas máscaras, que, quando acordam para a realidade, já não sabem dizer o que são, porque estão condicionadas a fazer so o que a maioria quer.
Me lembrei de quando era criança e no livro de portugues tinha o seguinte texto. (parte que me lembro)
Joãozinho foi a escola e a professora pediu que ele fizesse um prato na aula de cerâmica. Ele fez um prato meio torto. A professora disse que estava errado e pediu que ele fizesse um igual ao dela. Ele refez. No outro dia ele pediu que ele desenhasse uma flor. Ele pegou um lapis de cor e desenhou o que ele achava que era uma flor bonita. Ela disse que estava errado e desenhou uma flor de petalas vermelhas e cabo e folhas verdes. Um dia joãzinho mudou de escola. A professora pediu que ele desenhasse uma flor. Como ele nao fez a professora perguntou porque ele nao havia desenhado, ele respondeu que ela nao disse como queria. Ela disse que ele poderia desenhar a flor como ele quisesse, da cor que escolhesse. Ele fez uma flor de petalas vermelhas e cabo e folhas verdes.
Era tarde de mais pra ele.
Talvez nao seja para mim ou para vc, cabe a nós definir.
Quanto ao esquadrão da moda, espero que eles sejam felizes como são, porque um dia, inevitavelmente estarao fora da moda, talvez no proximo verão....
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