sábado, 24 de outubro de 2009

Carta ao coração

Querido coração

Não sei porquê o chamo querido, haja vista o que você tem me feito passar; agruras diga-se de passagem.
Tenho tentado arduamente manter uma relação cordial com você, de amizade sincera, quase fraternal, e como você me corresponde?
Fazendo-me sentir dores alucinantes, noites e mais noites de insonia; fora a decadência física. Porque depois de uma noite insone chorando, não há rosto que escape ileso às maledicências amorosas.
Eu que pensei que fossemos companheiros....
Há tempos você vêm se encantando pelos mais diferentes corações. Se ao menos você se reservasse, se mantivesse quieto, só admirando...
Não!
Faz questão de se entregar; pula de cabeça e quem paga o preço sou eu.
Os sintomas são os mesmos: olhar meigo, mãos frias, pernas bambas, música melosa no dvd. Aliás, Chrystian e Ralph, Legião Urbana e Laura Pausine. É pra acabar.
Porque tem que ser sempre assim?
Você poderia ao menos me dar a chance de escolher ou me preparar e assim sofrer menos.
Mas não, você se entrega e quem paga o preço sou eu.
O que eu fiz pra que você me trate assim? Onde foi que eu errei na nossa amizade? Quando foi que eu deixei de lhe dar atenção?
Não que eu seja contra a paixão, mas você não tem discernimento e idealiza demais. Eu tento avisar, fico quieta no meu canto, deixo você excluido, e você parece que não entende.
Dessa vez você foi longe demais. Não era pra ser desse jeito.
Eu tento esquecer e vc se apega. Tento não ligar e você me deixa triste. Triste eu bebo, bêbada eu ligo, ligando eu sofro. Isso vira um ciclo vicioso.
E voce parece não se importar com meu sofrimento. Fez amizade com a insonia e enquanto me vêm caminhar de um lado pro outro da csa, sapear no controle remoto, acho que nasceu entre vcs dois uma paixao que se alimenta de mim, das minhas forças.
Sem dormir e ainda pensando numa paixao, que so pra variar, vc escolheu ser platonica.
E quando eu o questiono vc sempre vem com o mesmo argumento: as paixoes platonicas sao mais poeticas.
Poeticas uma pinóia. Quem te disse que eu quero ser ou estar poetica. Eu quero ser e estar apaixonada correspondidamente. Que mané poetica que nada. Presta atenção no fim do Castro Alves, Carlos Drumond de Andrade e por ai vai. Sozinhos e desesperados. E pra variar todos eles tinham um coração vagabundo e traidor como vc.
Ja parou pra pensar que eu posso deixar de alimenta-lo? Desistir simplesmente?
Mas vc esperto que é tem ao seu favor o desespero dos amantes,a vontade tendenciosa de viver para adorar o ser amado.
Fala serio, me dá um descanso. Não aguento mais.
Isso é um pedido desesperado de alguem que não suporta mais as frustrações dessas suas paixoes mal resolvidas e que de hoje em diante resolveu ser feliz.
Pense bem no meu caso, pondere, estamos juntos há tanto tempo. Não se corrompa por palavras doces e olhares perdidos. Não se domine pelo toque macio ou pelo abraço demorado. Não se envolva pelo afago ou elogios vindos fora de hora. Corra disso tudo.
Nós dois sabemos onde esse caminho ira acabar.
Veja meus olhos marejados por lagrimas incontidas e tente me entender. Sei que vc sabe ser generoso.
Não será facil porque vc se acostumou a mim entregue, dominada, inerte,mas tenho certeza que juntos poderemos vencer mais essa desilusão e sermos felizes.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

E quando vc

Seus caminhos quase incertos,
De tão tortos tão pendentes
levam sonhos plenos
levam falas amenas
levam gestos simples
Essa sua face singela
essa sua faceta perene
essa sua mania anti careta
faz de estrelas chão de luz
faz de flores alma perfumada
fala de paz com incoenrencia da turbulencia
Esse seu medo
essa sua coragem
essa sua virtude de ser imperfeito
essas suas bondades desafiadas
E quando vc fala
E quando vc grita
E quando vc incita
E quando vc responde
E quando vc cala
E quando vc deixa pra la
E quando vc busca
E quando vc traz
E se tudo fosse facil
e Se tudo fosse SE
Seria cometa
seria estrela
seria estrada
seria muito
seria poucas palavras
O inusitado
A magia
a beleza
A incerteza
E o amor

Tom

Som
Luz
Melodia
trilha perfeita nas horas certas
trilha perfeita nas imperfeitas horas
Compassos complexos
pauta despautada
Notas que se confundem
Desejos que se atalham
Letras dissimuladas
Letra valsada
Letra não traduzida
Versos rimados pelo poeta
Versos esquecidos na gaveta
Estrofe de uma vida inacabada
COmposição escrita pelos momentos
Vc é aquela música de rara beleza cujo os versos estao sendo escritos pelo tempo

Para meu amigo Bruno

Era canção: melodiosa, pura,encantadora
Era magia: silenciosa, poderosa, curadora
Era amor: de amigo, de irmao, de anjo para anjo
Era vontade: de estar sempre perto, de não soltar, de juntos poderem voar
Era desejo
Era verdade
Era mentira
Talvez vaidade
Era história
Era prosa, verso, canto
Era você meu doce anjo
Era meu encanto
Era meu porto seguro
È minha vontade de estar perto e longe, dentro do coração
è o meu amigo, meu anjo protetor, minha doce ilusao de felicidade.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

camponesa

Era uma camponesa

Apenas uma camponesa

peito arfante adornado por decote

Cabelos soltos Despenteados pelo vento

Camponesa de gestos simples

camponesas de ideias vagas

Sonhos perdidos

Anseios da alma inocente


De repente por encantamento

Despercebida perdeu a guarda

Invadiu-lhe uma sensação difusa

Um tanto confusa

Trancou-se por dentro

Era um Mago

Era Feiticeiro de raro poder

Não conhecia as agruras da paixão

Não era amor

Ahh naão era amor


Era algo que consumia
Algo que não conhecia
fez-se pesarosa
Medo de entrar
Era escuro,
éra dúbio
Mas o mago esperto que era
dominou seu ollhar
Mas não era amor


Não sabia explicar
Não era amor

Poderoso o mago cercou-lhe de sorrisos
Seu olhar puro misterio
Era isso que a envolvia
Pobre camponesa ele dizia
Pobre camponesa enfeitiçada

Lascivia
Pecado
Desejo
DESEJO
Palavras ou sentimentos que a mandavam
deixavam fora de órbita seus pensamentos
Sua simplicidade não a permitiam entender
Pobre camponesa
Enfeitiçada

Não era amor

O que seria?

Aos poucos a camponesa
De tão simples que era
o feitiço foi mudando
e ela via mais que seus olhos conheciam
Ja nao era tão simples
Tão pobre
Tão meiga
Pobre camponesa
Tinha descoberto o sentido de tudo

Não era amor
O que seria?

Pobre camponesa enfeitiçada
Já não era tão pobre
Tão camponesa
Tão meiga

Não era amor
Ela sabia

A moça camponesa

procura

Não quis procurar
mas sempre encontrava
pra isso se desdobrava
tantos amores
Tontos
Desarmados
mergulhados em dor
Da música so um acorde
Do encontro uma despedida
A noite os gatos são pardos
Como parda era a pele
Como parda a mao que a tocava
Ilusão de crer
Ilusão não perder
de peito arfante encontrar
o que não havia perdido
Esqueceu
da música o acorde
Tarde o sonho
O desencontro encontrado
Melancolica arte de perder
Arte disfarçada de esquecimento
Encontro e desencontro
Mentiras a parte
o Acorde esquecido
Nen sequer fora escrito
Não quis procurar
E encontrou
Alta madrugada
Miados de gatos de rua
Na esquina um homem caído
Uma mulher seminua
Crianças dormindo

A boemia ja fez seu último fregues
mulher mal amada
desprezada
sem consolo
Maquiagem borrada pelo choro
Pela raia
pela miseria
pela covardia

Coração dolorido
Alma perdida
Moral consumida
achou que seria facil

Quis sair nao pode
Quis gritar nao conseguiu
Quis ouir fingiu
Quis sorri nao soube

Caida estava porque quis
partir nao foi
ser forte nao era com ela
Melhor sair
cambaleando
Gosto de rum na boca
cerevja barata
ressaca pre anunciada

No outro dia
entre um anador e outro
lembraria-se do adeus anunciado
Da vida dedicada
Do seu fracasso moral
Outro porre seria a solução

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

fria

frrrrrrrrioo
Muito frio
Pouco calor
falta de riso
Muitoo frio

Gelo
água fria
muito fria
pouca quentura
falta calor

Fria
gelada demais
falta calor
quentura
brandura


Frio
Gelo demais
Destempero
Baixa temperatura
Frieza em demasia
fria

É so Criança

Anda descalça
Magra coitada
É so barriga
È so verme
É so criança

Anda abatida
Meio esquecida
Não sabe brincar
Jogada nas calçadas
A rua é seu lar
É so criança

Anda comendo terra
Comendo lixo
Sobras de luxo
restos de sonho
É so criança

Anda chovendo muito
Ela esta desabrigada
Adora brincar na água empoçada
Não sabe o mal que tem
O mal que faz
Fica la quietinha
cata latinha
É so criança

Anda fazendo calor
ela fica pelada
mal vestida
mal trapilha
emenda a caridade disfarçada
Anda só coitada
É so criança

Anda anoitecendo rapido de mais
O sono nem sempre vem
Que esperança adormecer tranquila
Mas tem amigos
companheiros na desgraça
Não quer dormir pra não sonhar
Tem sono demais
Sonhos constantes
É so criança

Anda demais
passos largos
As vezes corre
As vezes se esconde
Não entende porque é diferente
Ouviu dizer que é criança
Mas não sabe o que significa
vem algumas na rua
seguras pelas maos estdendidas da mae
A sua ela mal conheceu
Anda depressa pra ver se chega a algum lugar
é so criança

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Anjo miguel

Quando você surgiu
Estrela pequenina
Estrela que luzia
Um anjo vindo do Céu
Meu coração encheu-se de alegria
Minha vida de harmonia
Prsente de papai noel
Quando você nasceu
vindo da nossa alegria
Era vida que trazia
Era vida que vinha
Era meu presente de Deus
Com nome de anjo amado
Anjo encantado
Amor abençoado
Gravou seu nome no meu coração
Seu sorriso em meus olhos
Fez dia minha noite
Quando você veio
com esse jeito maroto
com esse sorriso fácil
maos pequeninas
perninhas grossinhas
linguinha pra fora
olhar de candura
fez harmonia nossa casa
fez felicidade meus dias
Fez o amor transbordar
És meu anjo querido
meu anjo menino
meu miguel

sábado, 3 de outubro de 2009

Deserto

Oásis de águas doces
àguas purificadoras que procuro
Sigo em passos errantes
Tropegos e desliquilibrados passos
A escuta do vento na contagem do tempo
àguas
Oasis não matam sede nem refrigeram almas
MApas mal traçados
Rota mal planejada
Fiquei perdida
Rezas, orações, mandigas
Apego a crença pra contrariar a descrença
Frente a frente ao deserto
De costas para a procura
A sede vai secando a boca
Aumentando o desejo
Ressequindo o corpo
Um Saara entre eu e você
Me faz acreditar que não existem brechas
Passos marcados na areia
Desfeitos pelo vento
Eu não sei como chegar a você
Você nunca chegara ate a mim
As areias cegam seus olhos
Meu mapa falta um pedaço
Em mim sobram pedaços de você
Eu te refaria se pudesse
te encontaria se soubesse
Vc habitaria em mim
As águas do oceano são frias
Mas não matam sede
Suas lágrimas não me convencem
A minhas não te ladearam
E os passos vao ficando perdidos
Um passo marca o vento apaga
Mapa de preço alto demais
Oásis a frente
parece Verdade
Águas salgadas não matam sede
Mapas comprados não encontram você

Vou abrir a janela

Vou deixar minha janela aberta
Entrara a brisa
Entrara o vento
Entrará a chuva
Passrá o tempo

Vou deixar minha janela aberta
Sairá a saudade
Sairá a amargura
Sairá o desprezo
E as lágrimas irão entreabri la

Vou fechar minha janela
Não entrar o sonho
Não entrara a esperança
Não entrara a espera
Não entrará voce