quinta-feira, 25 de março de 2010

A cura

Se os sentimentos pudesses curar

Fossem bálsamos para feridas abertas

Não existiriam mais talvez

Não existiria a dor

Não existiria o perdão

Se dar carinho bastasse

Se receber amor fosse o suficiente

Se a paixao fosse na medida certa

Eu ja me apaixonei

Ja amei

Ja ardi em brasas de tesão

Ja entrei na contramao da desilusao

Mas os sentimentos foram passando por mim

Na direção oposta do vento

Eu podia ate sentir sua fragancia deixada displiscentemente

Mas nunca era um final feliz

A mocinha era sempre bandida

E o choro não comovia o príncipe em seu cavalo

de tróia

O caminho era tracetado por passos errantes

Pegadas à esmo quase propositalmente

E quem estivesse de fora

Quase acreditaria

Que era por querer aquele seu desprezo pelos sentimentos

Mas acreditam os ilusórios pensamentos
Que os sentimentos têm o poder de curar
Bálsamos de fino material
Se pudessem ate curariam
Ou talvez pudessem aliviar a dor insuportavel da desesperança
Mas no final é sempre aquela tarja preta
Indicando que tudo terminou
E não há remedio
Não ha cura
Não ha mais nada

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