
A origem vem por conta do romancista francês Honoré de Balzac do século XIX, mais específicamente por sua obra A Mulher de 30 Anos.
Consta que embora esta tenha sido uma de suas obras mais famosas também foi considerada confusa, contraditória e de uma narrativa aquém à verdadeira essência do autor. Foi o primeiro livro que fez referências à mulher madura com todos os seus anseios e limitações de uma época bastante conservadora."...uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis para um rapaz... A mulher de trinta anos pode se fazer jovem, desempenhar todos os papéis, ser pudica e até embelezar-se com a desgraça".
Estou chegando aos 30, por mais difícil que seja aceitar isso com naturalidade, é fato que daqui há 3 meses eu serei uma Balzaquiana.
Para àquelas que ja completaram ou vão completar 30 anos, entendem bem o que estou passando, ou você já está casada, com filhos e carreira estabelecida, ou é assumidamente uma solteira (ou não assumida) ou está entre o noiva e amasiada, o que virou moda depois dos anos 90, morar junto para "ver se dar certo", para depois oficializar a relação.
Uma das coisas das quais me orgulho nessa fase, é que aprendi depois de experiências, algumas desastrosas, o meio termo. Evito roupas que me deixem parecida com as adolescentes da malhação, mas também fujo, do lugar-comum das roupas austeras de senhora;aprendi que dá para conjugar minha vaidade às necessidades sociais, profissionais ou casuais que tenho. Percebi conversando com outras mulheres dessa faixa etária, que já não as incomoda ser donas de casa ou não; mães solteiras, diretoras ou empregadas, se transam por transar. O que aos vinte era muito urgente, aos 25 urgente, aos 30 parece que o equilíbrio impera e nos tornamos mais calmas, mais serenas, mais donas de nós mesmas, e nossa auto estima que antes ocilava tanto, está onde deve estar.
Eu já deveria ter começado esse diário, meu sexto sentido me diz, que estou começando na hora certa.
Se vão concordar comigo, se vão gostar? Sinceramente, talvez aos 20 ou 25 anos isso me incomodasse, agora não, afinal, sou balzaquiana.
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