segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Janela da minh'alma

Janela da alma
Aperte os ferrolhos
Quem sabe nao entrem
Melhor que não saia
Aquelas lembranças que se perderam
Aqueles sentimentos que não acrescentam nada

Janela da alma
Aceite os cadeados
Fechada estará protegida
Não deixará que saia a sua verdade
Também não entrará o medo
Nem mesmo as falsas esperanças
Guardado estará seu segredo

Janela da alma
Nem mesmo entreaberta
Melhor seria de uma vez tranca la
Antes que lhe invadam
Ainda há tempo de fecha la
E quem sabe assim
De tão guardada
Sua real identidade
Infinidade de sentimentos
Estarão eternamente preservados

Outros tons de cinza


Preto e branco se misturam
Desenhando seus contornos
Ora claro são seus sonhos
Escuros seus pesadelos
Numa fusao complexa
De anseios e de medos
Se alvo tom lhe permeia
As eperanças infantis
Nem sempre são tão claros
O que lhe faz infeliz
Mas se não há certeza entre tons
Se pretos ou brancos ou não
O cinza lhe cai bem
Perfeita combinação

Outros tons de cinza



Preto e branco se misturam
Desenhando seus contornos
Ora claro são seus sonhos
Escuros seus pesadelos
Numa fusao complexa
De anseios e de medos
Se alvo tom lhe permeia
As eperanças infantis
Nem sempre são tão claros
O que lhe faz infeliz
Mas se não há certeza entre tons
Se pretos ou brancos ou não
O cinza lhe cai bem
Perfeita combinação

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

A princesa de olhos azuis

A princesa de olhos azuis

Que linda princesa
De pele alva e voz forte
Mãos finas delicadas
Tão alegre tão engraçada
Muita luz e sorte

De grave a alta voz
Risada farta e sincera
Passional e geniosa
Com alma sedenta de paz
Viu em cuidar e ser generosa
Refúgio em sua ânsia voraz

A menina brejeira
Que gostava de brincar
Viu sua inocência
Suas bonecas de pano
Seus sonhos de princesa
Mudarem com os anos
E de mocinha em mulher
Ela foi se transformar

Desejando que o tempo
Com ele trouxesse
Asas de liberdade
Anseios atendidos
Liberdade e contentamento

Princesa de olhos azuis
Tão profundos e tão bonitos
Um dia perderam o encanto
Ficaram opacos e sem cor
De tristeza invadidos
Foram pouco a pouco seduzidos
Pela magoa e dor

Aquela princesa linda
Que a todos encantava
Viu sua luz tão intensa
E sua voz embargada
Se tornarem tão fraquinhas
E ela que se sentia sozinha
Agora so chorava

Olhos azuis como o céu
Como o mais belo mar
Aqueles que tantos amavam
E sempre irão amar
Se sentiram inertes
Não sabiam como ajudar
A princesa linda
Que tanta bondade tinha
E esbanjava alegria ao passar

Mas as princesas habitam castelos
Vivem em mundos tão irreais
Ela queria viver
Onde seus sonhos se realizassem
Fosse fácil a felicidade
E a alegria viesse a reinar

Então num lampejo de esperança
Aquela que um dia criança
Queria morar no céu
Num castelo de chocolate
Nuvens de algodão
Todo colorido de rosa
Onde tudo cheirasse a flor
Pediu ao papai do céu
Que daqui a levasse
E em seu colo a embalasse
E a fizesse dormir
Então a linda princesa
De todo mal curada
Poderia sem culpa
Finalmente dormir

Princesa linda dos olhos azuis
Tanta saudade ficou
Da sua voz e abraço
Sorrisos e risadas
Do seu jeito escancarado
De encantar e seduzir

Princesa linda foi morar
Em seu castelo dourado
De onde olha para todos
E o amor a perdoou
Por amor e de saudade
Te carregamos no coração
Sua eterna morada
Onde você princesa encantada
Sempre esteve guardada
Com afeto carinho e fé
Que um dia nos encontraremos
E você toda contente
Nos dirá entre sorrisos
So aqui eu sou feliz
No meu castelo de sonhos
Onde a felicidade encontrei
Abraçada com Deus

para Minha Diva italiana Bruna Ciello Doto. Você estará sempre comigo. Saudade eterna 

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

alma famigerada

Não vou mendigar o pão do afeto
As migalhas que caem da sua mesa 
Não saciam a fome que sinto 
Você julga ter o bastante 
Mas que não oferece livremente 
Não compartilha por não ter 
Só oferece quem o tem em abundância 
Não suplicarei nacos de carinho 
Ainda que o coração cativo 
Me levem ao suplice pedido 
Pobres dos que suplicam o que tanto desejam 
E auto comisseracao é ainda mais lamentável 
Não implorarei amor 
Ainda que sedenta e famigerada por ele. 
Amor deve ser dado livremente 
Incondicionalmente 
E amar assim deploravelmente implorando 
É antes de mais nada falta de amor próprio 
E não ter amor e só mesmo 
É não amar ninguém 
Então porque implorar algo que não se sabe usar?
 Pobres Almas perdidas tão mesquinhas e tão pobres 
Sequiosas por sentimentos que deveriam cultivar em si 
Molhar o coração seco ainda que com lágrimas 
Mas brotar em si o Jardim de boas emoções

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Foge por medo ou covardia
Se esconde por querer
O desejo que a consome
A fome que a devora
O instinto que a detê
 Se o pecado a impede
O errado não conduz
Incerteza de quem espera
Vontade de quem seduz
E se por errar não pondera
Tentando não consegue
Desejo carne e fogo
Tesão perigo a ceder
Pecadora assumida
Desejar foi o seu mal
Cobiçar o bem alheio
O desejo o seu medo
Seu olhar pecado mortal

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Fera

Sou uma fera enjaulada
Que gosta de liberdade
Que tem nos olhos brasa
É no coração só saudade.
Se lutar é meu destino
É brigar minha rotina
Não fujo do meu caminho
Sou forte galo de rinha.
Mas toda fera indomada
Tem sua fraqueza escondida
Eu também tenho os meus medos
Mas não sou de covardia.
Sangue quente e mão forte
A verdade vou buscar
Ainda que machucada
Sangrando vou levantar
Derrubada pelo oponente
Sem forças pra continuar
De raiva gravada no dente
Ainda que descrente
De novo vou levantar.
A fera que em mim habita
Corajosa não foge a luta
É fera de coração bom
De sangue quente e alma pura.
Sempre fera....

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Vida de palhaço

Pinta o rosto o palhaço
De branco e carmim
Fingindo ser o que não é
Tendo a certeza que é assim.
De tanto disfarçar tristeza
E o muito simular alegria
Inverdades são certezas
E sua vida uma mentira.
Mas se o poeta é um fingidor
Que finge sua agonia
O palhaço que é um ator
Pode representar sua própria vida .
E de tanto viver fingindo
Tentando se enganar
Vai acreditando no que diz
Se fazendo de feliz
Na arte de representar.
No seu mundo fantástico
Pode ser o que quiser
Quem sabe até bonito
Talvez muito contente
poderia até ser feliz
O palhaço que diz
O que se verdade não sente.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Se ela... Se ela ...

Se ela pudesse confessasse seus pecados
Se ela contasse segredos
Se ela  revisse seus planos
Se caísse de joelhos
Se tentasse um pouco mais
Se ousasse um pouco menos
Se falasse mais baixo
Se gritasse mais alto
Se menor fosse seu medo
Se mentisse pra alguns
Se não se enganasse
Se dissimulasse sutilmente
Se menos sinceras fossem suas verdades
Se caminhasse lentamente
Se apressasse suas vontades
Se sem pressa fosse seu tempo
Se apressadamente sonhasse....

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Ela quis

Ela quis partir
Ela quis voltar
Ela não quis se entregar.
Ela quis sorrir
Ela tentou não chorar
Ela sentiu seu mundo desabar.
Ela quis mentir
Ela se esquivou do olhar
Ela viu ser frágil
Não conseguiu se salvar.
Ela quis ser livre
Ela quis voar
Ela quase chegou a levitar.
Ela então pediu
Ela ousou a implorar
Ela não conseguiu
Viveu prisioneira do amar.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

duas versões

Santa ou pecadora
Doce ou amarga
Serena ou tempestade
Odiada ou amada.
Alegre ou triste
Feliz ou infeliz
Mulher ou menina
Sincera ou atriz.
Reservada ou ousada
Madura ou imatura
Vestida ou nua
Sincera ou falsa.
São duas ou uma
Avesso ou direito
Espelho e reflexo
Falso ou verdadeiro

quarta-feira, 25 de maio de 2016

desarmada pecadora

Com um sorriso de menino
Um olhar sedutor
Invadiu meus pensamentos
E eu desarmada
Fiquei refém de você
E sem que eu soubesse
Mesmo tentando me proteger
Distraída que estava
Cativada por seu jeito de ser Desarmada  me tornei
Refém de você. ..
Infelizmente não posso
Ainda que tentada
Roubar te beijos
Prender lo em meus braços
O proibido nos afasta
Sendo o desejo que me domina
Mas você invade meu espaço
Decifra me no olhar
E vou me rendendo
Presa na armadilha
Escondida na prisão
que me torna refém de você
Meu desejo pecador
Me faz pecadora também
E desarmada me rendo
Sem defesa
Sem dissimulação
De você  sou refém

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Entre o pecado e a razão

Quando por medo fugiu
Do sorriso se esquivou
Foi desejo que sentiu
Reu confessa permitiu
A boca quente que a beijou

O proibido descontente
Por vaidade se atreveu
A invadir seus pensamentos
Fazer de suas noites tormento
Desejando o que não podia ser seu

E mal chegava a madrugada
O calor a consumia
A solidão duelava
Entre razão e agonia
E sonhava acordada
Com alguém que desejava
Mas que não a pertencia

Pobre moça apaixonada
Enfeitiçada pelo olhar
Que invadiu sua casa
A deixou aprisionada
E não sabia se libertar

E toda vez que ele vinha
Carinhoso e sedutor
Se rendia facilmente
Ao sorriso incandecente
Se fazia prisioneira
Cativada pelo ator

E o pecar que não queria
Desejando outra vez
Aquele que não a pertencia
Que de outra arrancaria
Suspiros que eram seus.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

O que vêem em mim

Algumas pessoas me vêem Rosa.
 Cheia de qualidades.
Algumas pessoas me acham Vermelha.
Rubra como o fogo, a dor,  a febre.
Outras insistem em me ver amarelo ouro.
Como sol,
Como o dia nascendo ou como o sorriso sem graça. Umas talvez me considerem um verde.
De esperançosa, idealista,
guerreira na selva urbana.
Até eu mesma as vezes me acho cinza.
Como os dias chuvosos, o tempo seco, a sobriedade do austero.
E nesse arco-íris de humor inconstante, cada um me vê como quer.
Alguns como eu sou.
Outros como acham que eu deveria ser.
Muitos como acharam que eu seria.
Poucos com os olhos do coração.

sábado, 2 de abril de 2016

eram palavras

No dia sangrou. Doeu. Dilacerava...
Penetrava na carne com lâmina afiada.
 ...eram palavras...
Instantes depois o frio. Aquele sabor amargo na boca. O medo.
...eram palavras...
Vieram os tremores. O ardor. A falta de ar.
Faltava tudo.
...eram palavras...
No outro dias apenas doeu. O corpo já sem forças cansou da luta.
Mais um dia passou. Conseguiu respirar.
E no outro dia vou o sol.
...eram palavras...
Após muitos dias já não era dor. Restaram cicatrizes.
Eram palavras.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

E se eu pudesse

E se eu te cobrir de beijo
Te abraçar com força
Segurar suas maos?
Se te prender entre os braços
Te acalmar com um afago
Te deixar dormir seguro?
Se te deixar chorar sem falar
Se te entender sem julgar
Se te acolher
Se te acarinhar
Se te deixar apenas repousar?
Se caminhar do seu lado
Se te oferecer colo
Se te der consolo
Se não te cobrar promessas
Se não te pedir desculpas
Se não te cobrir de culpa
Se guardasse seus segredos?
Se me deitasse ao seu lado
Se velasse seu sono
Se te deixasse dormir
Se ter vc bastasse
E se te amar fosse mais simples....

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Te amaria outra vez

Se pudesse escolher de novo te amaria
Amaria pela dúvida e certeza
Pelo certo e o errado
O justo e injusto
O sim e não.
Se pudesse escolher outra vez te amaria
Pelo bem e pelo mal
Pelo perto de distante o bom e o ruim.
Se pudesse escolher ainda te amaria
Na ausência e na presença
Na conquista e derrota
Na paz e guerra 
E ainda te amaria
Se eu pudesse escolher te amaria outra vez
Te amaria na dor
Te amaria no riso
Na tristeza da partida
Na emoção do reencontro
E eu te amaria outras vezes
Tantas e quantas e tamanhas vezes
Te amaria outra vez.