Me tapem os olhos
mas que eu não perca a sensibilidade para ouvir.
Me tapem os ouvidos,
mas que estejam mais aguçados os sentidos do toque.
Me fechem as portas,
mas que eu saiba enxergar a luz atras delas.
Me fechem as oportunidades,
mas que eu seja corajosa para criar algumas para mim.
Me fechem.
Me ceguem.
Me calem.
Assim, todos os dias,
serei obrigada a procurar formas diferentes de recomeçar.
domingo, 25 de março de 2018
A menina que chorava cristais
Ela tinha aprendido cedo demais como transformar lágrimas em cristais
Não sabia quando tinha sido a primeira vez, mas eles brotavam da face assim como cresciam nas rochas abaixo de cachoeiras ou em grutas escondidas.
Ela mesmo era um abismo assim.
Pequenos, grandes, brilhantes, furtacor.
Cada lágrima se consolidava como o risco afiado não lapidado dos cristais.
Diamantes, rubis, esmeraldas, turmalinas.
Cores diferentes para emoçoes diferentes.
A menina chorava cristais.
Houve um dia em que quisera chorar rosas, talvez alcaçus.
Não.
Ela chorava cristais.
Só eles se tornariam espelhos.
Reflexos da alma de alguém que os tocasse.
Não sabia quando tinha sido a primeira vez, mas eles brotavam da face assim como cresciam nas rochas abaixo de cachoeiras ou em grutas escondidas.
Ela mesmo era um abismo assim.
Pequenos, grandes, brilhantes, furtacor.
Cada lágrima se consolidava como o risco afiado não lapidado dos cristais.
Diamantes, rubis, esmeraldas, turmalinas.
Cores diferentes para emoçoes diferentes.
A menina chorava cristais.
Houve um dia em que quisera chorar rosas, talvez alcaçus.
Não.
Ela chorava cristais.
Só eles se tornariam espelhos.
Reflexos da alma de alguém que os tocasse.
segunda-feira, 19 de março de 2018
desvaneios de saudade
Cai a noite sobre meu pranto
A saudade se fez companheira
Relampagos que me assustam
Longe foram os arroubos tantos
Onde habita meu consolo
Socorre me eu imploro
Mas pobre de mim
que espero Em vão esquecer
o rosto Empalideceu me a alma
Perdida em desalento
A esperança desvaneceu se
O choro corre um rio
A morte salvaçao de alguns
martirio de outros
Roubou me o contentamento
Anseio que o tempo
traga no vento que se move
alento para a saudade sem fim
A saudade se fez companheira
Relampagos que me assustam
Longe foram os arroubos tantos
Onde habita meu consolo
Socorre me eu imploro
Mas pobre de mim
que espero Em vão esquecer
o rosto Empalideceu me a alma
Perdida em desalento
A esperança desvaneceu se
O choro corre um rio
A morte salvaçao de alguns
martirio de outros
Roubou me o contentamento
Anseio que o tempo
traga no vento que se move
alento para a saudade sem fim
terça-feira, 13 de março de 2018
meias
sem maquiagem.
sem mascaras.
sem vaidade.
sem amarras.
sem meias palavras.
sem meio termo.
sem meios argumentos.
sem meias verdades.
sem meias.
inteira.
sem mascaras.
sem vaidade.
sem amarras.
sem meias palavras.
sem meio termo.
sem meios argumentos.
sem meias verdades.
sem meias.
inteira.
terça-feira, 6 de março de 2018
qual
Qual é o seu lugar
Qual é o seu destino
Qual é a sua cor
Qual é o seu caminho
Qual é a sua estrada
Qual é a sua idade
Qual é o seu conceito
Qual é a sua casa
Qual é o seu futuro
Qual é sua certeza
Qual é o seu domínio
Qual é sua natureza
Qual é o seu nome
Qual é seu sentimento
Qual é o tamanho
Do seu pensamento
quinta-feira, 1 de março de 2018
coração fugidio
E aquele coração fugidio de tanto fugir esqueceu o caminho de volta.
Relegado estaria a vagar como folhas de outono no vento frio...
Mas um dia viria a chuva, tal como fardo pesado faria o coração cair.
Em solo úmido, aconchegado pelo calor dos poucos raios de sol, iria renascer, brotando, germinando, fincando suas raízes...
Relegado estaria a vagar como folhas de outono no vento frio...
Mas um dia viria a chuva, tal como fardo pesado faria o coração cair.
Em solo úmido, aconchegado pelo calor dos poucos raios de sol, iria renascer, brotando, germinando, fincando suas raízes...
Gritos
Lembranças insistem em gritar... me fazendo não esquecer do que preferia não lembrar... Ai do meus Ais tão perturbadores....
e sigo
E sigo
com os pés cansados
E sigo
de dedos calejados
E sigo
E sigo a passos tropegos
E sigo
de boca seca
E sigo
carregando o fardo
E sigo com a Cruz pesada
E sigo
com sapatos gastos
E sigo
E sigo com as incertezas
E sigo sem as respostas
E sigo pisando em ovos
E sigo
com esperança
E sigo apesar de
E sigo as vezes rindo
E sigo sem olhar pra trás
E sigo
com os pés cansados
E sigo
de dedos calejados
E sigo
E sigo a passos tropegos
E sigo
de boca seca
E sigo
carregando o fardo
E sigo com a Cruz pesada
E sigo
com sapatos gastos
E sigo
E sigo com as incertezas
E sigo sem as respostas
E sigo pisando em ovos
E sigo
com esperança
E sigo apesar de
E sigo as vezes rindo
E sigo sem olhar pra trás
E sigo
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