quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Socorro!

 Socorro!

Estou gritando com medo.

Meus gritos e gemidos abafados por uma indiferença insuportável que não consigo explicar.

Quero colo, um carinho um afago. Essa solidão se tornou um fardo mais pesado do que supunha poder carregar.

Quase nunca peço ajuda. Geralmente choro. Minhas lágrima não comovem.

Pensei que talvez a dor sim. Não.

Sentada no escuro tento me esconder do meu medo. Procuro luz encontro breu total.

Ao longe ouço risadas. Críticas cruéis que talvez as mereça.

Sinto frio. Fome

Quero abrigo.

Famigerada.

Caminho por uma estrada de pó e cinzas.

Restos de uma esperança que eu mesma queimei.

Tentei ser forte. 

Não sou.

As feridas sangram e mato minha sede com esse sangue de fel.

Não dá mais. Está insuportável. 

Haverá um dia em que sucumbir será a última opção.

Resta me a fé. Ja nem tanto assim


Quando será a ultima vez

Uma partida sem Adeus

Não consigo entender 

Como foi acontecer

Cristal quebrado, o que você fez?

Não pensou que fosse magoar

Nos ferimos o bastante

A vontade de abraçar

abafou os gemidos de mentiras constantes


Inconstante e inseguro

Incapaz de dizer o que sente

Traiu o que sentia

Quando dizia que queria

Vivermos juntos eternamente


sábado, 2 de janeiro de 2021

Algoz

Talvez um dia eu confesse
 Arrependida que estou 
 O crime cometido 
 Razão do meu castigo 
 Estigma da minha dor 
 Nem sempre fui criminosa 
 Já cheguei a te odiar 
 E até lutei contra ti 
 Vítima do seu olhar 
 E agora sou algoz de mim 
 E de tanto querer 
 E do muito desejar 
 Me vi presa a você 
 Prisioneira do dever 
 De você me afastar 
 E quanto mais me afastava 
 e assim me iludia 
 Mais desejava 
sair da sua vida 
 E você me transformava
 na sua melhor amiga 
 E assim a tristeza 
 Que em mim existia 
 Que sem ambições 
 De você não sabia 
 Ser o motivo da paixão 
 Que em mim fizera moradia
 Tanta consideração 
 Carinho 
e respeito
 Meu amigo 
Irmão 
 Fiel companheiro 
 Que não posso amar 
 Não desse jeito
 Pois esse amigo desconhece 
 A dor de guardar
 Esse amor no meu peito 
 Tortura cruel 
 Que me dilacera e fere 
 Desejar o proibido 
 Amar o melhor amigo 
 E não poder falar 
 E nessa prisão de porta aberta 
 Criminosa não descoberta
 Mas do seu crime refém 
 Faço desse amor meu castigo 
 Amar o melhor amigo 
 E nao conseguir amar mais ninguém
 Até que um dia quem sabe 
 Talvez encontre a cura 
 Que me trate a agonia
 de amar noite e dia 
 E viver nessa loucura
 De amar e desejar
 Quem nunca me amou 
 E não poderá amar 
 a melhor amiga 
 fiel escudeira 
 Que ficou prisioneira 
 sem direito a liberdade
 porque escolheu o segredo
 De viver no vazio 
 De amar o melhor amigo 
 E de morrer nesse amar