terça-feira, 8 de junho de 2021

indiferença dos mortais

Como pode

Esse amor me corroer

Não posso amar 

Tão pouco consigo odiar

Odiar seria mais fácil

Alimentado por sentimentos que não permeiam na esperança

Nem tampouco consigo me afastar

E como eu queria. 

Ficar longe do sorriso que me alegra 

Ou do abraço que me aquece. 

As migalhas de afeto me sustentam 

Como forasteira no deserto sedenta de água pura

Ou a mais famigerada das almas a catar restos de alimentos deixados ao solo 

 Há uma tristeza infinita em implorar atenção. 

Uma comiseração sem precedentes ou dignidade

O amor tortura me vil e covardemente.

E rogo a paz dos que nada sentem ou esperam

Não tenho a esperança frustada dos amantes

Nem os sonhos me são dados como cortesia

 Apenas vivo os dias amando sem ser amada. 

Na espera que talvez  Deus se compadeça

 E me retire o ultimo fio de sentimento por piedade

Deixando me relegada a fria indiferença dos mortais

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