Como pode
Esse amor me corroer
Não posso amar
Tão pouco consigo odiar
Odiar seria mais fácil
Alimentado por sentimentos que não permeiam na esperança
Nem tampouco consigo me afastar
E como eu queria.
Ficar longe do sorriso que me alegra
Ou do abraço que me aquece.
As migalhas de afeto me sustentam
Como forasteira no deserto sedenta de água pura
Ou a mais famigerada das almas a catar restos de alimentos deixados ao solo
Há uma tristeza infinita em implorar atenção.
Uma comiseração sem precedentes ou dignidade
O amor tortura me vil e covardemente.
E rogo a paz dos que nada sentem ou esperam
Não tenho a esperança frustada dos amantes
Nem os sonhos me são dados como cortesia
Apenas vivo os dias amando sem ser amada.
Na espera que talvez Deus se compadeça
E me retire o ultimo fio de sentimento por piedade
Deixando me relegada a fria indiferença dos mortais
Nenhum comentário:
Postar um comentário