Estou me desligando desse laço
Do abraço
Desse nó desatado
Dessa ternura
Serena
Da fé tão pequena
Que não me permite acreditar
Que me permite te amar
Sem o laço afrouxar
Marinheira solitária
Por castigo isolada
Cujo o crime cruel
Foi amar sem limites
Limitada pelo perigo
De desejar o proibido
E viver escondida
Assoprando a ferida
Feita de sal e fel
Quero arrancar esses laços
Apertados demais
Que me prendem a você
Cortar fora os pedaços
Que sobraram dos abraços
Impedidos de abraçar
E quem sabe na loucura
De cortar pulsos e vínculos
Eu afrouxe o medo
Te revele o segredo
Que é amar sem medida
E livre das amarras
Desse nó que aperta
Despedir me em prantos
Rogando um acalanto
Esses laços de amor que impera
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