No ser e no falar
Meu pai tinha rompantes
Era intenso demais
Meu pai era alegre
Gostava de cantar
Tinha um jeito diferente
De sorrir e de amar
Meu pai era carinho
Gostava de abraçar
Mas também era maldade
Com palavras podia machucar
Mas nem sempre era só mágoa
Havia dias para lembrar
Do tempo que éramos crianças
Em casa gostava de ficar
Meu pai me ensinou
Que não podia confiar
Era preciso ter força
Mais ainda trabalhar
Ele só se esqueceu
De um dia parar
E ficar um tempo com os filhos
E os netos aproveitar
Mas sua morte repentina
Que tanta dor deixou
Levou meu pai tão jovem
E aqui a saudade ficou
Do que poderia ter sido
Do que foi e passou
De um homem tão bonito
Que foi meu pai, sei que me amou
E agora já não posso
Abraçar e dar amor
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