Sob a mesa azul
Lançada foi minha sorte
Embaralhadas as cartas
De esperança aguardadas
A primeira carta a da morte.
Cheia de ilusão
Achei melhor esperar
Que o dono do tarot
Tão bonito e sedutor
Voltasse a embaralhar
Ansiedade e incerteza
Espero a imperatriz sair
Mas o que vejo na mesa
Aumenta meu medo
Pois o que revela o segredo
Que a cobra traz a mim
A torre que cai displicente
Desmorona a minha mente
E eu sinto fugir o chão
Tentando entender perdida
O que diz essa papisa
No tarô traduzindo minha paixão
E a mesa azul vai desvendando
Entre lâminas e arcanos
O meu coração leviano
Que não aprendeu a esquecer
Um imperador arrogante
Um valete viajante
Que o meu amor só faz sofrer
E os olhos marejados
Por lágrimas transbordantes
Na mesa azul dos Navegantes
Vem suas dúvidas colocar
E minhas esperanças perdidas
No tarô dessa vida
Vem seu desconsolo consolar
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