segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

O tarôt da mesa azul

Sob a mesa azul 

Lançada foi minha sorte 

Embaralhadas as cartas 

De esperança aguardadas 

A primeira carta a da morte. 


Cheia de ilusão 

Achei melhor esperar 

Que o dono do tarot 

Tão bonito e sedutor 

Voltasse a embaralhar 

 

Ansiedade e incerteza 

Espero a imperatriz sair 

Mas o que vejo na mesa 

Aumenta meu medo 

Pois o que revela o segredo 

Que a cobra traz a mim 


A torre que cai displicente 

Desmorona a minha mente 

E eu sinto fugir o chão 

Tentando entender perdida 

O que diz essa papisa 

No tarô traduzindo minha paixão 


E a mesa azul vai desvendando 

Entre lâminas e arcanos 

O meu coração leviano 

Que não aprendeu a esquecer 

Um imperador arrogante 

Um valete viajante 

Que o meu amor só faz sofrer  


E os olhos marejados 

Por lágrimas transbordantes  

Na mesa azul dos Navegantes  

Vem suas dúvidas colocar 

E minhas esperanças perdidas 

No tarô dessa vida 

Vem seu desconsolo consolar

 






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