Que o silêncio que habita minha a´lma aprenda a gritar
E a melodia do instinto me direcione
Que seja belo o feio que vejo
Mas que a feiura não fique para sempre
Que a fraqueza do receio que sinto
Não tente me impedir de ir atrás do que quero
Que o fim das coisas que sabia
Não sejam rompantes do meu aprendizado
Uma parte de mim é fadiga
A outra cansaço e desalento
Que a vontade de partir fique
Mas a busca por idas não se perca no caminho
Que a pressa seja amiga da perfeição
Mas que a perfeição não seja uma constante
Porque parte de mim é aluna
A outra metade já não sabe o que aprendeu
Se longe avisto um futuro
Que parte de mim saiba esperar
Já que a outra já se foi há tempos.
Que o que sou eu possa traduzir
Que as palavras que canto sejam afinadas
Porque parte de mim é inspiração
A outra apenas desabafos
Que a voz que exaspera se acalente
Que a face seja enxuta de lágrimas
Porque parte de mim é o choro
A outra, a raiva contida no sorriso
Que eu saiba pedir perdão
Que a mágoa esteja ultrapassada
Porque parte de mim é esperança
E a outra, fé.
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