quarta-feira, 8 de junho de 2022

O imperador e a imperatriz

 O imperador vivia alegre em seu castelo. Na torre mais alto se fechava em copas. A todos olhava lá do alto. Também ali estava protegido. Ninguém nunca havia visto seu rosto. Mais guardado ainda estava seu coração. 

A imperatriz habitava o castelo ao lado. Também ela vivia fechada em sua torre. Num quarto secreto seu coração intocado.

Certo dia ao saírem os dois para observar o mundo de suas janelas, trocaram olhares. E o céu naquele dia estava multicor. 

Os corações daqueles rei e rainha sabiam voar, e num toque de mágica se entrelaçaram num sentimento que nenhum deles conhecia. 

A torre ficou apertada, escura. E eles tinham a necessidade de se olharem todos os dias. E passaram a se alimentar daquela troca distante de sentimentos. 


Algum dia, um dos dois tomaria coragem de descer a torre e abraçar o outro.

 A imperatriz ousada, desceu da sua torre, se pintou de carmim e vestiu se de amor. Aflita foi a torre em buscar do seu imperador. 


Jurou amor. Cantou o em versos.

Implorou amor.

Ajoelhada rogou que o imperador descesse de seu mundo e viesse até ela, assim juntos seriam livres para viver aquele sentimento até ali, vividos só a distância.

Ali, suplice ao pé da torre morreu sem esperança. 

O imperador por medo, ficou em sua torre, que daquele dia em diante seria fria escura e cinza, sem a imperatriz que um dia lhe apresentou um mundo de sentimentos coloridos e felizes. 

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