O imperador vivia alegre em seu castelo. Na torre mais alto se fechava em copas. A todos olhava lá do alto. Também ali estava protegido. Ninguém nunca havia visto seu rosto. Mais guardado ainda estava seu coração.
A imperatriz habitava o castelo ao lado. Também ela vivia fechada em sua torre. Num quarto secreto seu coração intocado.
Certo dia ao saírem os dois para observar o mundo de suas janelas, trocaram olhares. E o céu naquele dia estava multicor.
Os corações daqueles rei e rainha sabiam voar, e num toque de mágica se entrelaçaram num sentimento que nenhum deles conhecia.
A torre ficou apertada, escura. E eles tinham a necessidade de se olharem todos os dias. E passaram a se alimentar daquela troca distante de sentimentos.
Algum dia, um dos dois tomaria coragem de descer a torre e abraçar o outro.
A imperatriz ousada, desceu da sua torre, se pintou de carmim e vestiu se de amor. Aflita foi a torre em buscar do seu imperador.
Jurou amor. Cantou o em versos.
Implorou amor.
Ajoelhada rogou que o imperador descesse de seu mundo e viesse até ela, assim juntos seriam livres para viver aquele sentimento até ali, vividos só a distância.
Ali, suplice ao pé da torre morreu sem esperança.
O imperador por medo, ficou em sua torre, que daquele dia em diante seria fria escura e cinza, sem a imperatriz que um dia lhe apresentou um mundo de sentimentos coloridos e felizes.
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