O tempo passou, e o destino, que engraçado, cruzou de novo os ideais dela e a luz dele.
Então se lembrou do porquê do fascínio daquela tarde.
Ele tinha em si a paixão pela vida que ela um dia tivera, mesclada de uma doçura que havia se perdido com suas ilusões.
Caminhar ao seu lado, ensinou lhe sobre o ponderar, o remanejar de emoções, o compartilhar, mas também sobre esconder, dissimular, proteger e se resguardar.
Perto dele não tinha medo.
Sua ousada maneira de ser forte diminui a fingida fortaleza que ela impunha.
A mulher determinada extrovertida e ousada, ao seu lado era frágil, sensível e vulnerável.
Ele nem sabia que mudou tanto dela nela. Vê lo sorrir era um premio de consolação e também uma inspiracao.
ELE estava lá até quando nem percebia. Enxugou suas lágrimas e foi o motivo delas.
Consolou perdas, amparou quedas, cuidou e protegeu mesmo quando a despiu em sua arrogante mania de disfarçar sentimentos.
Ela so quis proteger, cuidar, preservar seu presente de luz.
As vezes errou na ansia de acertar.
E tantas desejou o que nao podia ter.
E se rendeu.
E se fechou. Como se aquilo maculada a intimidade tão natural.
O tempo trouxe a distância e com ela a prova de que ele transforma sentimentos porém não acaba com eles.
A saudade doia à medida que o amor crescia.
Não aquele com rótulo e explicações pré estabelecidas.
Mas um amor terno, puro, dedicado.
Carregado de uma carga de intensa paixão pelo ser do outro, por sua missão por suas qualidades e defeitos que fizeram dele, um homem fantastico.
Ela serenou a tempestade em si.
O mar bravio e urgente dentro dela deu lugar a mansidão daqueles que amam por escolher amar, cuidar, zelar e preservar.
Amor amigo cúmplice leal.
Ela sabia que o tempo e a distância antes leais parceiros, tirariam dela o contato, o calor do abraço e o afago tranquilizador.
Mas aquela luz, que ela viu no olhar naquela tarde, seria o farol do caminho que a lembraria eternamente do porquê ama lo.
E restou o amor.
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